Pedindo paz e dizendo não às drogas, cerca de mil alunos dos colégios militares tomaram as ruas centrais da Capital ontem, numa bela demonstração de que há segmentos sim na sociedade que não se deixaram abater pela criminalidade desencadeada pelas facções criminosas que chegaram ao Estado na disputa pelo narcotráfico.
Neste aspecto, é preciso reconhecer o bom trabalho que vem sendo desenvolvido pela Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que acolheram esses jovens e, além do estudo, estão repassando valores que os estão despertando para os perigos que as drogas e outras contravenções oferecem, quase sempre um caminho sem volta, como se está verificando com aqueles que se deixaram aliciar por esses grupos criminosos.
Ao mesmo tempo, essa manifestação deve servir também de reflexão para os educadores de modo geral, que precisam também avaliar essa grave situação em que vive o Estado, como o país de modo geral, e não podem apenas limitar-se dentro das salas de aula a repassar a chamada “lição do dia”.
Educação é algo mais amplo e benéfico do que simplesmente o cumprimento do curriculum escolar e cabe aos educadores, diretores e professores, trazer para dentro das salas de aula e debater os problemas com os alunos. E um desses problemas, na conjuntura atual, é o assédio que essas facções criminosas fazem inclusive em volta e mesmo dentro das escolas, como se tem registrado.