Não sei o que está havendo com as pessoas, mas, a cada dia que passa, e a cada pessoa nova que conheço, mais tenho a certeza que tudo está muito estranho. Como se o mundo estivesse fazendo o caminho de volta. Será que você consegue me compreender?
Ao invés de estarmos nos tornando mais acessíveis, parece que estamos nos enfiando em uma bolha, com direito a uma placa com a frase: não incomode!. É impressionante como quanto mais o ser humano evolui, mais as relações tendem a ser superficiais.
Diversos os motivos que levam as pessoas a agirem dessa forma e, acredito que a internet seja uma das maiores vilãs na mudança no modo de se relacionar das pessoas.
A moda agora é cultivar amizades superficiais. E quando me refiro a essa superficialidade, digo no sentido de que quanto menos contato, melhor. Nada de ligar ou visitar o amigo, melhor mesmo é mandar um Whatts.
Moderno é ter “zilhões” de amigos nas redes sociais. Nada melhor do que fazer uma postagem e ter diversas curtidas, compartilhamentos. Amigos virtuais são os melhores. Só que não!
Uma pena que as pessoas esquecem que essa superficialidade não gera vínculo, portanto, quando você menos esperar, aqueles muitos amigos que achava que tinha, simplesmente não existirão. Veja bem, não estou criticando quem tem muitos amigos nas redes sociais. Não é recalque… hihi…, e não duvido da amizade; ela pode até ser verdadeira, mas, ainda assim é superficial
O seu amigo virtual te socorre nos momentos que você mais precisa? E naquelas situações que você precisa de um ombro amigo para chorar, ele está lá? E quando você deseja um abraço para afogar as mágoas, alguém aparece?
A virtualidade sempre foi mais fácil, e sempre transformou momentos únicos de uma vida, em simples passagens. Muito do que o mundo pode proporcionar às pessoas está sendo perdido. Muito do que as pessoas podem proporcionar a elas mesmas está se perdendo. Não troco o convívio pela tela do computador ou pelo celular.
* Nayra Claudinne
Guedes Menezes