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Nada a temer ou opor

Esta GAZETA não tem o que temer sobre a divulgação, no último final de semana, de uma pesquisa eleitoral – da Vox Populi – que estaria sendo investigada pela Polícia Federal a pedido do Ministério Público Eleitoral.

Nada a temer, porque o jornal seguiu, rigorosamente, os trâmites estabelecidos pela Legislação Eleitoral, fornecendo o número do registro e demais itens, que podem ser aferidos junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disponíveis a qualquer interessado. Como também não tem nada a opor desde que se faça com a devida e criteriosa investigação.

Porém, já que a questão foi alçada à opinião pública, seria de todo conveniente que essa mesma fiscalização fosse realizada em pesquisas já divulgadas e outras que estão por vir, numa das quais o suposto proprietário do instituto “de aluguel” aparece abraçado e comemorando os resultados com um dos candidatos colocado nos primeiros lugares.

Na verdade, mais do que esse tipo de picuinha alimentada por insatisfeitos com os resultados de pesquisas, os órgãos fiscalizadores deveriam gastar seu tempo e recursos com problemas mais graves, como o da corrupção eleitoral.

Ou, como este jornal denunciou há poucos dias, com tentativas das famigeradas facções criminosas, que estariam abordando candidatos para ajudar a elegê-los em troca de favores. Isso, sim, é da maior gravidade e precisa ser investigado.

Fabiano Azevedo: