Esta GAZETA já havia denunciado o problema, através do depoimento de alguns candidatos e agora matéria divulgada pelo site UOL confirmou que o Acre é um dos nove estados onde a Justiça vê indícios de influência de facções criminosas nas eleições.
Evidentemente, que se trata de uma questão da mais alta gravidade pela possibilidade desses grupos criminosos chegarem ao poder e fortalecerem ainda mais seu poder de influência, tendo como resultado final o aumento dos índices de criminalidade com o livre acesso ao narcotráfico e ao contrabando de armas.
A menos de duas semanas para as eleições, o que se tem assistido até agora é que os candidatos a presidente da República e a governadores dos estados, com uma ou outra exceção, têm-se omitido em debater esse grave problema e quando prometem em combater a violência, a criminalidade, limitam-se apenas em generalidades, como aumentar o efetivo policial.
Ora, os diversos estudos já realizados advertem que as causas são muito mais abrangentes. No caso, por exemplo, aqui do Acre, que faz fronteira de cerca de 2 mil quilômetros com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas, não adianta apenas aumentar o efetivo das forças de segurança locais.
Isso o atual Governo já vem fazendo com determinação e até alcançando bons resultados. Porém, enquanto o país não tiver um Plano Nacional de Segurança para vigiar as fronteiras não se resolverá o problema e esta omissão do Governo Federal tem sido também denunciada com muito vigor pelo governador Tião Viana e outros governadores das regiões Norte e Nordeste.