No caso foram o governador Tião Viana e o senador Jorge Viana vítimas das famigeradas delações premiadas usadas e abusadas pela decantada Operação Lava Jato, mas poderiam ser quaisquer outros cidadãos, como, aliás, alguns ainda estão sendo vítimas e continuam encarcerados na prisão de Curitiba, porque se recusam a delatar o que os operadores da dita Operação desejam.
Como se noticiou, depois de cinco anos sob suspeitas de terem recebido recursos da empresa Odebrecht, o governador e o senador foram absolvidos em definitivo, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. Antes disso, o ministro relator do caso, Gilmar Mendes, já havia determinado o arquivamento por falta de provas, mas a Procuradoria-Geral da República recorreu.
Já naquela ocasião, o governador Tião Viana havia declarado que passados mais de cinco anos sendo vítima de injúria, calúnia e difamação, consequência dessa epidemia de ódio, julgamento fácil e condenação infame… “compartilho a alegria da inocência vitoriosa sobre a mentira”. Com os mesmos sentimentos, o senador Jorge Viana declarou que foi “o melhor presente que poderia receber, a sua inocência e sua honra resgatada”. E essa “epidemia do ódio” está aí, fazendo vítimas pelo país.
Nada, absolutamente nada a opor ao combate à corrupção. Tudo contra, porém, que a Justiça se faça de forma seletiva e até partidária como vem sendo feita por alguns de seus operadores. No caso, como bem definiu o grande pensador Bertolt Brecht “alguns juízes são absolutamente incorruptíveis; ninguém consegue induzi-los a fazer Justiça”.