Pouco debatida e até mesmo marginalizada dos debates ao longo da campanha, a questão do meio ambiente e, por extensão da Amazônia, veio à tona nos últimos dias por conta de alguns episódios e declarações dos dois candidatos que disputarão a eleição no próximo domingo.
Entre as declarações ou disparates proferidos pelo candidato Jair Bolsonaro destaca-se a que chegou a dizer que entregaria a Amazônia ao capital internacional. Depois voltou atrás, como vem fazendo a toda hora, e declarou que fundiria o Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura.
Advertido que isso não daria certo, voltou novamente atrás, mas em todas as ocasiões que se manifestou sobre o assunto deixou claro que, se eleito, liberará o desmatamento da floresta, fazendo referência inclusive ao Acre que possui ainda cerca de 80% de sua floresta preservada.
Evidentemente que essa posição agrada os grandes empresários, aos especuladores de terras, aos grileiros. E antes mesmo de se conhecer o resultado das urnas, já foram registrados vários atentados a tiros e incêndios à sede do Ibama e ameaças a agentes ambientais em vários estados da região, obrigando o Governo Federal a deslocar tropas da Força Nacional para evitar o pior.
A pergunta que se faz é se é isso que seus partidários querem para a Amazônia e por inclusão ao Acre? A destruição da floresta e seus recursos naturais, a repetição dos conflitos agrários com atentados e mortes, como ocorreram na década de setenta? Reflitam e avaliem as consequências.