Às vezes, as mudanças causadas pelas decepções podem ser irreversíveis. Este fato pode não ser negativo, mas dependerá sempre da direção em que a transformação será produzida dentro do nosso coração e da nossa mente.
Há quem acredite que a decepção seja libertadora, afinal, ela retira a venda que impedia que enxergássemos o ser humano como realmente é. Ela destrói a ilusão e a idealização que temos em relação às amizades, namorado, cônjuge, ou seja lá quem for.
Na realidade, a decepção machuca porque afeta diretamente o nosso ego, mostrando-nos que não nos decepcionamos com o outro, mas conosco. Porém – aí vem a boa notícia -, a decepção, como qualquer outro sentimento, terá o peso que dermos a ela.
Isso não significa que não ela não deixará marcas, porque vai. Mas, não importa que existam, o que importa mesmo é o que aprendemos com elas. O diferencial está em como superamos as adversidades da vida. Como diz Marco Fabossi: “todos caem, mas só os resilientes se levantam”.
Dessa forma, não podemos deixar de olhar para o lado positivo da decepção, ela nos liberta de pessoas que não merecem a nossa confiança, a nossa atenção, a nossa compaixão, a nossa complacência, enfim, é uma pessoa que não merece desfrutar da nossa companhia, da nossa amizade.
Talvez a teoria seja bem mais fácil que a prática, mas o fato é que não podemos nos deixar oprimir em nossas próprias emoções e nem permitir que elas nos paralisem. Não somos imunes ao sofrimento ou qualquer tipo de problema, infelizmente, mas também não precisamos tornar da situação uma experiência ruim.
E se a decepção nos proporciona liberdade, então vamos usufruir dela da melhor forma possível. O desapontamento, na grande maioria das vezes é um impulso para a ação, fornece-nos motivação para crescer e ir ao encontro dos nossos objetivos. Façamos isso então. Vamos adiante, em busca de novas experiencias e novas conquistas. É essa discrepância que nos permite avançarmos, que nos permite questionarmo-nos, que nos permite olhar a realidade de frente e progredirmos.
Quando você aprender que a decepção é realmente libertadora, vai perceber que é capaz de viver conscientemente e livremente em vez de sujeitar-se aos resultados que determinadas situações tentam lhe impor.
Marcela Jansen é jornalista.