Não se trata de comemorar, mas de registrar mais um dado positivo que o Estado alcançou ao longo deste ano, durante o qual a taxa de homicídios caiu 65% nos primeiros dias de novembro em comparação do mesmo período do ano passado.
Segundo dados do setor de Análise Criminal do Sistema Integrado de Segurança Pública, essa tendência de queda foi constatada também se comparados os índices do ano passado com os deste ano, em que se registrou uma redução de 19,33%.
Se não se trata de comemorar, trata-se de reconhecer a determinação política do governador Tião Viana que reuniu governadores de vários estados para chamar a atenção e denunciar a migração das chamadas facções criminosas para os estados da Amazônia e do Nordeste que encontraram as fronteiras abertas para se fartar com o narcotráfico e o contrabando de armas por omissão criminosa do Governo Federal.
Mesmo assim, sem os recursos prometidos, as forças de segurança locais foram à luta, montaram um esquema inteligente,sem tréguas e estão conseguindo neutralizar em parte a ação desses grupos e os resultados começam a aparecer.
A questão agora é o que virá daqui para frente. Indicado ou “premiado” pelo presidente eleito, o futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, só tem proposto generalidades no combate ao crime organizado.
Em nenhum momento, acenou com metas e ações para combater esses grupos nas fronteiras com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas, ignorando que a origem da criminalidade que assola o país inteiro está aqui, longe dos gabinetes de Brasília.