Dinildomar Moura, ou simplesmente Dini Moura é um artista plástico acreano que já mostrou sua arte em vários países ao redor do mundo. Recentemente ele voltou ao Acre e pretende abrir uma espécie de curso de pintura para crianças. Ficou interessado? Entra em contato com ele por WhatsApp através do telefone 90 536 891 53 13 ou através das redes sociais.
A história de Dini com as artes plásticas começa em 1992 enquanto mostrava para colegas os desenhos a lápis e canetas hidrográficas. Ali naquele momento, o artista Péricles Silva, que dava aulas de desenho e a pintura, passava por pelo então adolescente e se admirou com o talento do jovem.
“Ele viu minhas obras e me perguntou se queria aprender como trabalhar o óleo sobre tela. Não esperou respostas, sem perder tempo ele me levou na papelaria e comprou uma telinha média, cinco tubos de tinta a óleo, um solvente, um pincel “0”, um “10” e outro “14”, para começar no curso de pintura depois fez questão de me levar até a minha casa”, recordou o artista.
Ansioso e curioso sobre como aprender essa nova forma de pintar, Dini relembrou que o começo foi muito ruim. “A tinta não secava e se misturava em um tom uniforme, quis desistir, mas logo pensei em uma solução que me salvou. Comecei a preparar as cores em um pires de porcelana, aplicando na tela com todo o cuidado para não se fundir nas outras cores já pintadas, e assim continuei por horas”.
No dia seguinte o professor Péricles foi busca-lo para o curso. “Eu não conseguia me explicar para ele. Só disse que ia comprar outra tela para ele e que eu tinha estragado a que ele me comprou. Quando ele viu o que tinha feito na tela, me disse que iria mais me dar aulas. Foi aí que ele me levou para Beth Lins, que era presidente da AAPA. Ela ficou maravilhada quando viu a tela, e batizou-a de “Tucano”, o mesmo aconteceu com o artista Jorge Rivasplata que estava vindo visitar a Associação”, recordou.
A obra em questão rendeu ao artista um “honra ao mérito”, um “troféu de imprensa”, venceu também o concurso Listel de 1993 e, finalizando, levou o acreano para a Universidade de Belas Artes de Cuzco.
“Lá assinei o convênio junto com o Diretor Geral Mario Soto, o Diretor Acadêmico Rustino Mendonza e o Diretor de Assuntos Culturais, consolidando o Convênio Cultural Bolpebra (Bolívia, Peru e Brasil), acordo que até então estava inviabilizável por falta de um representante brasileiro”, ressaltou.
Depois de formado ele ganhou o mundo, morou na Turquia e apresentou suas obras em vários locais na Europa e Ásia, como em 2016 esteve na Bienal na Escópia, a capital e a maior cidade da República da Macedônia.
Em 2008 uma obra dele representou a expressão artística brasileira no “Museo del Hombre Dominicano”, na cidade de Santo Domingo, em um salão itinerante na República Dominicana. Além disso, ele foi selecionado e representou o Acre na III Mostra Brasileira em Roma.