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Lideranças do PSD não descartam a possibilidade de romper com Gladson Cameli por “quebra de acordo”

A vereadora Lene Petecão, em pronunciamento na sessão de quarta-feira, 5, na Câmara de Rio Branco, comentou sobre o anúncio do nome do agrônomo Paulo Wadt (indicação do PSDB) para comandar a Secretaria de Agricultura do Estado, na gestão de Gladson Cameli. Na ocasião, a parlamentar criticou o progressista por quebrar o acordo feito entre ele e o senador Sérgio Petecão, na qual a indicação do próximo secretário da pasta partiria do PSD.

“Desde o momento em que Gladson anunciou a sua pretensão de concorrer ao governo do Acre, o PSD se colocou como seu aliado. Até mesmo quando o MDB se voltou contra ele, quando da indicação do major Rocha como vice, mantivemos nossa palavra. Caminhamos todo o tempo lado a lado, e agora ele vem com essa atitude. O tratamento dispensado ao PSD não condiz com o apoio que dispensamos a ele. Custa-me acreditar que Gladson não cumprirá o acordo que foi feito entre ele e o nosso partido”, disse a vereadora, ao salientar sobre o possível rompimento entre as duas siglas.

“Será que o Gladson vai dispensar o apoio de uma liderança como o senador Sérgio Petecão, que teve mais de 240 mil votos?”, questionou. “Isso magoa. Quero acreditar que essa decisão  ocorreu em um momento de surto. Não é possível que ele realmente não vá cumprir com a palavra dele. Não estou torcendo para que não dê certo. Ao contrário. Eu torço para que o governo de Gladson Cameli tenha sucesso, pois foi para isso que nós o elegemos, mas não se pode iniciar um mandato excluindo quem mais lhe ajudou”, frisou.

O senador Petecão também se pronunciou acerca do assunto. Ele disse que vai esperar o anúncio oficial do governador eleito sobre a impossibilidade do PSD indicar nomes para ocupar os cargos na área da Produção. Sobre o rompimento entre o PSD e o PP, Petecão frisou que será debatido entre todos os dirigentes do partido.

“Estamos aguardando a posição do governador. Não foi ele quem nos prometeu? Então ele deve nos comunicar que não vai poder dar mais a Produção. Ele vai dizer o que vai poder dar e o que não pode, e eu vou levar lá para o partido para que seja analisado por todos. O PSD não é só o Petecão. A decisão tem que ser do partido. Se o partido amanhã disser: ‘Petecão nós estamos fora desse governo’. Aí estamos fora. Se o pessoal disser: ‘Petecão nós temos que nos agachar e fazer o que o Gladson mandar’, eu sou um soldado do partido”, finalizou.

Fabiano Azevedo: