A despeito de algumas controvérsias e especulações, nada a contestar na reforma administrativa que o governador eleito Gladson Cameli anunciou anteontem que norteará seu Governo.
Primeiro, por se tratar de um novo Governo e como tal se lhe é dado o direito de, acertando ou errando, montar e executar seu projeto para administrar o Estado com uma infraestrutura que ele e sua equipe julgam ser a melhor para alcançar seus objetivos.
Depois, porque na atual conjuntura de crise econômica, política e institucional que o país atravessa e deve perdurar não se sabe até quando, reduzir gastos com uma administração mais enxuta tornou-se um imperativo, uma necessidade. Até porque, uns mais outros menos de seus correligionários, colaboraram com o recrudescimento dessa crise ao referendar matérias do atual Governo Federal que contribuíram para o agravamento da crise.
No caso, segundo ele, essa reforma administrativa acarretaria uma economia de R$ 90 milhões para o Estado, com a redução do número de secretarias e outros órgãos correlatos. Recursos esses que seriam destinados para melhorar os serviços públicos essenciais e investir em setores produtivos. Uma questão para a sociedade conferir ao longo do Governo.
De outra parte, a despeito das questões politicas-partidárias, o futuro governador não tem motivos para alardes. Está assumindo o Governo com as contas públicas sob rígido controle, com o pagamento do funcionalismo em dia e indicadores sociais e econômicos positivos em vários setores, o que não acontece na maioria dos estados em situação falimentar.