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Famílias de acreanos que morreram na Argentina não sabem quando corpos chegam ao Acre

As famílias de Francisco Mardens, 40 anos, e Renato César Bronsoni, 33 anos, ainda não sabem quando os corpos dos dois chegarão ao Acre. Os acreanos morreram em um acidente envolvendo duas motocicletas e uma caminhonete na terça-feira, 1º, na Argentina.

As vítimas viajavam há cerca de 12 dias e estavam em um grupo de motociclistas de seis pessoas. Além dos dois acreanos, um argentino que estava na caminhonete também morreu no acidente.

Ao A GAZETA, o líder do grupo Amazônia Motorcycle, Cassiano Oliveira, informou que diferentes grupos de motociclistas se uniram para arrecadar recursos para ajudar as famílias a custear o translado dos corpos até o Acre.

“Eu não conhecia nenhum dos dois, mas toda a comunidade de motociclistas se uniu para ajudar as famílias com o translado. É muita burocracia, ainda não temos previsão de quando os corpos vão chegar”, contou.

Segundo a mãe de Mardens, Rossilda Sales, os corpos foram levados para Foz do Iguaçu e, de lá, seguem para o Acre. A expectativa é de que cheguem em até três dias.

“Está longe, em um país diferente, a gente sabe que a burocracia é muito grande. Depende de muitos documentos, estamos providenciando. Não podemos dar uma previsão agora”, disse.

Sales ressalta que o filho era acostumado a viajar de motocicleta com os amigos. Essa já era a quarta viagem que o acreano, morador de Cruzeiro do Sul, fazia com o grupo de motociclistas.

“Chega a confortar a gente saber que ele estava fazendo o que gostava. Já vinha há um tempo se preparando para essas viagens. Infelizmente, chegou a notícia dessa fatalidade. Tenho certeza que não foi culpa dele, que foi o rapaz da caminhonete que atropelou ele.”

Francisco Mardens era servidor público lotado na Secretaria Municipal de Educação no cargo de motorista.

De acordo com a cunhada de Brosoni, Laurete Lopes, o acreano era casado e deixou três filhos, de 8, 5 e 3 anos. Ela também afirma que o motociclista era acostumado a viajar com os amigos.

“Eles tinham como destino a Argentina e iriam voltar pelo Peru. Um irmão dele estava junto nessa viagem e é quem está passando as informações para a gente e cuidando dos trâmites para trazer o corpo”, conta.

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