Controversa e surpreendente a decisão do Governo do Estado de, ao que tudo indica, desconsiderar a recomendação do Ministério Público do Acre e brigar pela nomeação do ex-deputado Alércio Dias para o cargo de diretor-presidente do Acreprevidência.
O presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior, ainda não decidiu se irá devolver o requerimento ao governo. O que é pouco provável.
Mas, ao considerar que a recomendação “não tem força de lei” e desvalorizar os argumentos coerentes do MP, o governo demonstra arrogância, ou, no mínimo, falta de bom senso. E o pior e mais grave: o descompromisso com a mudança que tanto prometeu na política estadual.
É óbvio e compreensível que o governador Gladson Cameli precise atender aos interesses de grupos políticos que o ajudaram na campanha, pois assim funciona a política.
Entretanto, diante dos fatos expostos na mesa (condenação por improbidade administrativa, além de outras acusações por corrupção, em situações diversas, amplamente conhecidas), a manutenção do nome de Alércio Dias chega a ser um deboche com a opinião pública e com a população que o elegeu.