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Acre registra aumento de 20% nos crimes praticados contra mulheres em janeiro, revela Segurança Pública

O número de inquéritos instaurados pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) teve um aumento de 20% em janeiro com relação ao mesmo período de 2018. É o que aponta os dados da própria instituição.

Em janeiro de 2018, 156 inquéritos foram abertos. Já em 2019, o número subiu para 196 inquéritos. Os números assustam, mas, por outro lado, apontam o encorajamento das vítimas em denunciar seus agressores.

Os casos de estupros, se comparados a janeiro de 2018, também tiveram alta. Foram seis casos registrados no primeiro mês de 2019, contra um no mesmo período do ano anterior.

O ano de 2019 também revelou maior agressividade dos parceiros contra suas companheiras. Foram registradas duas tentativas de feminicídio. Enquanto que em 2018 não houve registro para o mês de janeiro.

Os casos de ‘lesão corporal’ e ‘vias de fato’ saiu de 69 registros para 84, um total de 15 casos a mais que janeiro de 2018.

A delegada que coordena os trabalhos na Delegacia de Atendimento à Mulher, Juliana d’Angelis, disse que a conscientização das mulheres em denunciar seus agressores contribui para a elevação dos registros. “Essa consciência é um dos fatores mais importantes, pois os números da violência são velados, ou seja, muitas mulheres sofrem caladas, sem denunciar”, completa.

Informações do Atlas da Violência 2018 revelam que houve uma linha crescente, com oscilações, de 2006 a 2016, nos casos de homicídios praticados contra mulheres. Em 2006 o número era de 15 mortes; subiu para 19 em 2010. Em 2013, o Acre registrou 32 assassinatos tendo mulheres como vítimas. Já 2014 foram registradas 20 mortes; 2015 o número foi de 19 registros e 2016 voltou a subir com 23 mortes.

Casos de estupros em Rio Branco

Dados da Delegacia Especializada da Mulher (Deam) mostram que em 2016 foram 35 casos registrados. Já em 2017, o número de estupros na Capital foi de 30 casos, uma redução de cinco ocorrências com relação a 2016. Em 2018, o número cresceu e alcançou a marca de registro de 53 inquéritos abertos. O ano de 2019 já registra seis casos como citado anteriormente no início dessa reportagem.

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