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Antonia Sales denuncia descaso com pacientes cardíacos e pede sensibilidade

A Saúde Pública foi alvo de críticas de aliados na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), ontem, 12. A deputada Antonia Sales (MDB) não poupou comentários e citou o caso em que um primo de Gladson Cameli veio a óbito por não realizar um procedimento de cateterismo.

A GAZETA noticiou na semana passada que os procedimentos de cateterismo realizados por uma empresa haviam sido suspensos. Isso porque o Governo do Estado tem um débito de sete meses com o Hemocardio e o Hospital Santa Juliana. A informação foi repassada pelo diretor do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), Welber Lima.

Nesta semana, a vítima do descaso com a Saúde Pública foi o primo do governador Gladson Cameli. Paulo Messias Sales, de 50 anos, morreu na manhã de ontem, 12, no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Ele também era primo do ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales.

“A Saúde vai ser sem dúvida alguma uma das minhas bandeiras nessa tribuna. Não é possível que por falta de gestão, inúmeros pacientes continuem mendigando na fila de hospitais por atendimento médico. Tião Viana deixou uma dívida enorme para Gladson Cameli pagar, e agora estamos passando por esse pesadelo. Tem uma fila enorme de pacientes à espera de um cateterismo e aquelas pessoas estão morrendo à míngua, isso é um absurdo, é muita falta de humanidade”, comentou a deputada emedebista.

Vindo de Porto Walter, Paulo Messias Sales precisava do procedimento com urgência.  A demora para a realização do cateterismo custou a vida dele. “A mãe dele me ligou desesperada de Porto Walter dizendo que o filho estava aguardando na fila para fazer um cateterismo e não resistiu. Eu o visitei ontem, e hoje recebi a notícia de que ele havia falecido. Isso não pode continuar acontecendo minha gente. Até quando as pessoas vão continuar morrendo na fila por falta de atendimento?”, indagou Antonia Sales.

Emocionada, Antonia Sales pediu aos gestores da Saúde sensibilidade para resolver os problemas da Saúde Pública. “Gente, que falta de sensibilidade é essa? Não podemos ficar parados vendo esses absurdos, saúde pública tem que ser prioridade. O cidadão tem direito a isso”, destacou Antonia Sales.

 

O outro lado

O jornal A GAZETA tentou entrar em contato com Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio de sua assessoria, para comentar o assunto, mas, até o fechamento desta edição, não obteve respostas.

O diretor do Pronto Socorro, Welber Lima, disse que estava em viagem e não comentaria sobre o caso por não ter acompanhado. “Infelizmente eu não tenho muita coisa a declarar não, porque eu estou fora do Estado”, disse.

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