Previsível e confortável o discurso do governador Gladson Cameli no 17º Fórum de Governadores da Amazônia Legal.
Previsível, porque é uma posição que o governador defende desde a época de campanha.
Confortável porque, após 20 anos do projeto de Florestania no Acre, e com o modo desgastado como terminou, ele repete o que a maioria das pessoas anda querendo ouvir: a defesa do fortalecimento do agronegócio, sem prejudicar a floresta amazônica, “sem derrubar uma árvore”, respeitando o Código Florestal e gerando emprego e renda.
“O Estado está aberto para industrializar”. Foi outra frase dita, ontem,no Fórum, e frequentemente repetida pelo governador.
Em todos esses discursos genéricos, entretanto, ainda não ficou bem explicado como o novo governo irá concretizar esse novo modelo social e econômico, teoricamente tão promissor e desenvolvimentista. E nada a se opor se todas essas boas promessas forem, de fato, cumpridas.
Mas, é preciso deixar claro sobre quais mudanças se pretende fazer. Até porque transformar o Acre numa grande pastagem, com grandes sistemas e produções mecanizados, não é nem de longe a garantia para a solução de problemas sociais como o desemprego e a criminalidade, queassolam o dia a dia da população.