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Escolas sitiadas

A julgar pelas últimas ocorrências que chocaram e causaram indignação e pânico na sociedade, as facções voltaram a atacar, enquanto o Governo está envolto em uma crise entre as forças de segurança, pretendendo extinguir a Secretaria da Polícia Civil, gerando revolta entre os delegados e agentes do setor.

Como os próprios delegados alertaram em entrevista, essa reformulação vai prejudicar seriamente sua atuação na prevenção e combate à criminalidade, a pretexto de uma economia irrisória no cômputo geral nas contas do Estado, mas com graves consequências na execução de suas atividades.

Comenta-se também – e os próprios delegados alertaram – que outro objetivo seria subtrair da Polícia Civil o controle do chamado guardião, um instrumento eficaz que a polícia utiliza para investigar esses grupos criminosos. E o que se pergunta e se suspeita são as intenções que alguns grupos dentro do Governo teriam? Seria para inspecionar seus adversários políticos e os meios de comunicação, uma prática condenável dos regimes de exceção?

Com pouca experiência nesta questão da segurança, até se entende que o Governador ainda não tenha se dado conta dos perigos que essas facções criminosas representam e, como se viu, estaria mais preocupado em trocar o nome da Arena da Floresta por Arena Acreana.

Contudo, o problema é grave. Como já se assinalou a população está “sob o toque de recolher” na maioria dos bairros da cidade, trabalhadores estão sendo mortos, escolas estão sendo sitiadas por esses grupos criminosos e o Governo precisa agir, sem ficar refém de um grupo de burocratas que estão travando açõesdo poder público.

A Gazeta do Acre: