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Acreano campeão mundial de parajiu-jitsu tem casa furtada na Capital: “Levaram tudo”

O acreano Wendell Barbosa, campeão mundial de parajiu-jitsu, recebeu uma má notícia na manhã desta quinta-feira, 11. No Rio de Janeiro, onde se prepara para a disputa do Rio Challenge de Jiu-Jitsu, que será disputado neste fim de semana na capital fluminense, ele foi informado pela namorada que a casa onde reside em Rio Branco, foi furtada esta manhã. De acordo com o lutador, um homem ainda não identificado entrou com o carro dentro da residência, aproveitando que não tinha ninguém no local, e praticou o crime.

“Levaram tudo. Ligaram pra minha namorada dizendo que a casa estava aberta. Chegou lá, tudo vazio. Não levou mais coisas porque passou uma mulher e ficou olhando pra ele. Parou o carro dentro da casa. Tinha me mudado tem um mês. Ela (namorada) tava no trabalho. Fizeram o limpa mais uma vez. Quase 30 vezes fui roubado em dois anos – lamentou o campeão mundial”.

Wendell Barbosa cita a quantidade de crimes que foi vítima incluindo as vezes que invadiram as lojas da rede de óticas que empresaria na capital acreana, de onde tira os recursos para competir em disputas de alto nível do jiu-jitsu nacional e internacional. Segundo ele, em postagem feita em uma rede social após receber a informação do furto da sua residência, as lojas já foram roubadas 26 vezes. O atleta não descarta decidir deixa o estado em breve.

“Luto domingo agora, 14, e terça-feira já vou para Dubai (onde defende o título mundial). Sem poder fazer nada, só pedir a Deus força para começar mais uma vez tudo de novo. Tô pensando em sair do Acre. De todas essas vezes, em quatro já me levaram tudo das óticas, deixaram nada. E tive que começar tudo de novo. Tá difícil, ninguém faz nada, ninguém nunca foi preso ou ouvido. Nunca houve investigação, nunca teve nada – relata.

Na residência, diferente das óticas e da empresa de publicidade que mantém em Rio Branco, não há câmeras de segurança. Wendell Barbosa comenta emocionado sobre a dificuldade de enfrentar a situação de ter seus bens retirados novamente.

“Triste. Na verdade, sabe aquela coisa de já estar meio que acostumado, mas é tantas vezes. Já acordei pela madrugada, chegar na loja e não ter nada. No outro dia ter que abrir, senão passa fome. Vivo disso, tenho que vender óculos, abrir a ótica, fazer as coisas todos os dias. Na parte do esporte eu que me banco, não tenho patrocinadores. Eu que custeio todos os gastos nesse tempo todo, quase dois meses viajando. É levantar a cabeça, colocar a cabeça no lugar, os pensamentos, decidir algumas coisas que vou fazer e vamos ver o quê que dá”, diz.

Com duas competições importantes pela frente neste mês de abril – além do Rio Challenge vai defender o título mundial em Dubai -, ele tenta manter a concentração para não ter o desempenho no tatame prejudicado, apesar do problema particular.

“É difícil. Tenho que manter a calma porque querendo ou não tem as coisas pra resolver, as empresas, nossa vida. Tenho que manter a calma pra treinar hoje, tenho que treinar amanhã. Luto domingo agora. É manter a calma, tem que ter muita fé, acreditar que coisas melhores podem vir. Difícil porque muitas vezes a gente fica sem acreditar que pode mudar, mas não pode abaixar a cabeça. É bem complicado. Mas vai dar tudo certo, vamos vencer mais essa, em nome de Jesus”, finaliza.

 

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