Vários aspectos a se levantar sobre essas manifestações que ocorreram no país, no domingo, a começar pelo fato de que o número de participantes ficou longe do que esperavam seus organizadores, muito aquém do número dos manifestantes – estudantes e outros segmentos sociais – em ato realizado há duas semanas.
Este aspecto só veio a confirmar pesquisas recentemente divulgadas, segundo as quais, a desaprovação do presidente da República já é maior do que a aprovação. E o cognominado “mito” começa a se esboroar pelas suas diatribes e a carência de uma política social e econômica para superar os problemas do país que estão se agravando, como o desemprego e a criminalidade que continuam aumentando.
Outro aspecto a se destacar é que parte dos manifestantes aproveitou para afrontar em seus discursos, faixas e cartazes, instituições como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), exigindo inclusive o seu fechamento porque estariam obstruindo a aprovação de algumas reformas do Governo, como as da Previdência Social e as medidas anti-crime do juiz Sérgio Moro.
A rigor, pela lei, deveriam ser detidos no ato, mas como isso não costuma acontecer neste país, a questão que se coloca é como o Congresso e o Poder Judiciário irão reagir(?). Sabe-se que o que esses manifestantes desejam é conceder o poder absoluto ao presidente e isso, evidentemente, essas instituições não poderão mais compactuar com suas omissões e até conivências, como agiram até então.
Pelo sim, pelo não, a conferir os seus desdobramentos.