Nada a opor a esse plano de demissão voluntária do funcionalismo público, anunciado pelo governador Gladson Cameli. A intenção é boa, pertinente, levando-se em conta que o Estado já teria ultrapassado o percentual estabelecido por lei com a folha de pagamento e com a crise econômica que persiste e se agravou com a política desastrosa do Governo Federal, aumentando ainda mais o índice de desemprego.
Portanto, é de se prever que poucos servidores, por mais vantagens que se lhes ofereçam, arriscarão deixar seus empregos para apostar num futuro incerto e se somar aos milhões de brasileiros desempregados.
Na verdade, o que o Governo do Estado tem a fazer é destravar a administração, que, segundo consta, estaria nas mãos de uma trinca de secretários burocratas, e investir em alguns setores da economia que tem por propriedade gerar empregos em curto espaço de tempo, como é o caso da construção civil, do comércio, indústria e serviços.
Nada também a opor ao agronegócio, mas é preciso alertar que se trata de um setor que, além de empregar mais máquinas do que mão-de-obra, os resultados não serão imediatos, como alguns estão a propagar.
Neste aspecto, é mais recomendável apoiar e investir na agricultura familiar, que além de gerar emprego e renda para os pequenos e médios produtores rurais, estará contribuindo para evitar o êxodo rural.
Mas, como se disse, nada a opor. A questão é conferir os resultados.