Basta folhear as páginas dos jornais e conferir nas redes sociais para averiguar que as facções criminosas voltaram a atacar com toda a crueldade que lhes é característica, impondo o “toque de recolher” em inúmeros bairros da Capital e cidades do interior, sitiando escolhas e estabelecendo inclusive “tribunais” para julgar e castigar aqueles que atrapalham seus negócios com o narcotráfico.
Enquanto isso, os mesmos jornais e mídias sociais escancaram uma contenta entre os principais dirigentes das forças de segurança pública. Ontem mesmo se comentava que o vice-governador, Major Rocha, estaria esperando apenas a chegada do governador para pedir a demissão do comandante da Polícia Militar, coronel Mário César, de maneira irreversível.
A mesma nota acrescentava que se o pedido do vice não for atendido, ele “lavará as mãos” com o sistema de Segurança Pública que ficou sob seu controle. Além disso, o clima dentro da Polícia Civil é ainda de insatisfação e revolta por conta da possibilidade de perder sua autonomia como secretaria de Estado.
Ora, com uma situação dessas de desentendimentos e de quase anarquia, o que se pode esperar? Que esses grupos criminosos voltem a atacar com total liberdade, firmando-se como um poder paralelo e provocando insegurança total entre a sociedade.
O que se espera e se exige é que o governador imponha sua autoridade e dê um basta a essas dissenções.