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Roberto Duarte contesta criação de mais 450 cargos na estrutura de governo

O deputado Roberto Duarte (MDB) contestou a criação de mais 450 cargos na minirreforma administrava enviada à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã de ontem, 15. Para o emedebista, é incoerente por parte do Executivo ter cortado cargos em comissão em dezembro do ano passado e agora estar recriando secretarias que já existiam e institutos.

“Sou a favor da reforma em partes, com relação à criação de cargos sou totalmente contrário. O governador fez um planejamento para governar o Acre com 900 cargos comissionados e disse que precisaria desse número de cargos para governar. Eu avise há meses atrás que até o meio do ano ele apresentaria um projeto pedindo aumento de cargos comissionados e foi justamente isso que aconteceu”, disse o deputado emedebista.

Duarte disse que o governo de Gladson Cameli vive uma inconstância, sem coerência. “Uma semana se fala em um possível decreto de calamidade financeira e em um plano de demissão voluntária por parte do governo e na semana seguinte se fala em criação de novos cargos comissionados. Não consigo entender essa lógica”, ratifica.

O parlamentar lembra que o governador Gladson havia firmado um compromisso de convocar os excedentes das polícias Civil e Militar, aprovados nos últimos concursos, entretanto, não há uma programação para a convocação, justificada, segundo o governo, por questões econômicas.

“Existe ainda um compromisso do governador com os excedentes dos concursos da polícia Civil e Militar, mas não foi feito ainda um planejamento para chamar esses concursados, por causa das condições financeiras do Estado”, relata.

Nem mesmo a ida do chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, e do governador em exercício Major Rocha (PSDB) convenceu o emedebista sobre a proposta. Apesar da “rebeldia” de Duarte, o governo conta com 16 parlamentares na base de apoio, o que aprova com folga o projeto, caso entre na pauta de votação da próxima semana, na Casa Legislativa.

Se aprovada, serão 1.350 cargos comissionados na administração pública estadual. Ou seja, adicionando os 900 existentes aos 450 criados pela nova lei.

A Gazeta do Acre: