As investigações que apuram as causas do acidente que vitimou Silvinha Pereira da Silva e deixou o esposo dela, José da Silva e Silva, gravemente ferido no último dia 18 de maio, na estrada Dias Martins, envolvendo o policial militar Alan Melo Martins, chegam à fase final.
Em coletiva no final da tarde de ontem, 30, a promotora de Justiça, Maria Fátima Ribeiro Teixeira, da Promotoria Especializada do Controle Externo da Atividade Policial, do Ministério Público do Acre (MPAC), disse que a causa foi embriaguez ao volante. O militar estava sob efeito de bebida alcoólica quando atropelou o casal que trafegava em sua motocicleta.
“Existe um entendimento dominante que quem faz consumir bebida alcoólica e dirige está assumindo o risco de cometer um homicídio. Então, nesse sentido, nós entendemos que o investigado, ele cometeu um homicídio consumado contra vida e uma tentativa de homicídio com a vítima sobrevivente, o seu José”, disse Maria de Fátima Ribeiro Teixeira.
O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Alan Martins. Assim que o pedido chegou ao Judiciário, o pedido foi deferido. A Corregedoria da Polícia Militar do Acre prendeu Alan Melo Martins. Ela ficará à disposição da Justiça e deve responder por homicídio doloso, ou seja, quando há a intenção de matar. O caso dele deve ir a júri popular.
“A prisão foi deferida pelo juiz que recebeu o pedido da representação e que provavelmente já tenha até cumprido a prisão preventiva do investigado. Ele será denunciado em uma vara de Júri e vai responder pelo crime no Tribunal do Júri”, completa.
Já o procurador de Justiça, Danilo Lovisaro, disse que as investigações foram realizadas em tempo hábil. O crime chocou os acreanos. “A investigação foi realizada a contento e agora serão tomadas as providências do ponto de vista de deflagrar o processo. No nosso entendimento trata-se de um crime de homicídio doloso em razão disso foi inclusive requerida à decretação da prisão preventiva”, disse Lovisaro.
Mais um crime para responder
O militar Alan Melo Martins já responde em outra ação criminal. Ele é réu em uma ação que tramita em segredo de Justiça. Ele é acusado de participação na morte da pequena Maria Cauane, de 11 anos, no Preventório, em maio de 2018, em uma ação policial dentro da comunidade. Os promotores do caso chegaram a pedir a prisão preventiva dele na época, mas tiveram o pedido negado pela Justiça. O Ministério Público busca a suspensão do segredo de Justiça para este caso.