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Rodrigo Forneck repudia o preconceito transmitido na Rádio Aldeia e cobra postura do Estado

O vereador do PT, Rodrigo Forneck, cobrou uma postura do governo do Estado sobre o preconceito e intolerância disseminados contra a comunidade LGBT no programa Fé Ciência, da Rádio Aldeia FM, exibido no último sábado, 1.

Em nota, o parlamentar riobranquense afirmar ser “inadmissível que uma rádio pública, mantida com o dinheiro do contribuinte, dissemine preconceito e intolerância”. Rodrigo questionou a postura do Estado diante do caso, que ganhou repercussão nas redes sociais.

“O que pensa o governo sobre o uso da máquina pública para prática de atitudes preconceituosas? Orientação sexual não é doença. Doentio é falta de respeito, a ausência de amor e empatia com o próximo”, salientou o petista.

Durante o programa, os apresentadores afirmaram que os transgêneros teriam “distúrbios emocionais, problema de saúde”. Ambos se manifestaram contrários a legalização da homofobia e falam em “cura gay”. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) proíbe psicólogos a oferecerem serviços que proponham o tratamento da homossexualidade, pois fere os direitos humanos.

“Nosso mandato segue em defesa de uma sociedade igualitária, das diferenças e do respeito entre homens, mulheres e as distintas crenças. É triste ver que o diálogo sobre gênero foi feito de maneira tendenciosa numa rádio pública, a mesma que aos sábados transmitia debates enriquecedores do Instituto Ecumênico Fé e Política, no qual todos as religiões tinham espaço”, destacou o parlamentar em nota.

A Rádio Aldeia, por estar na categoria educativa e ser pública, deve seguir algumas regras impostas pelo governo Federal. A transmissão preconceituosa fere o Artigo 3º da Portaria Interministerial nº 651, de 1999, que diz: “A radiodifusão educativa destina-se exclusivamente à divulgação de programação de caráter educativo-cultural e não tem finalidades lucrativas”.

NOTA DE REPÚDIO

É inadmissível que uma rádio pública, mantida com o dinheiro do contribuinte, dissemine preconceito e intolerância, como ocorreu na Rádio Aldeia durante o programa “Fé e Ciência”, do último sábado, 1. Venho a público cobrar uma postura do Estado. O que pensa o governo sobre o uso da máquina pública para prática de atitudes preconceituosas?

Orientação sexual não é doença. Doentio é falta de respeito, a ausência de amor e empatia com o próximo. O Brasil é o país com maior índice de violência contra pessoas lésbicas, gays, transexuais e transgêneros. Somente em 2016, mais 300 pessoas foram assassinadas devido sua orientação sexual.

Nosso mandato segue em defesa de uma sociedade igualitária, das diferenças e do respeito entre homens, mulheres e as distintas crenças. É triste ver que o diálogo sobre gênero foi feito de maneira tendenciosa numa rádio pública, a mesma que aos sábados transmitia debates enriquecedores do Instituto Ecumênico Fé e Política, no qual todos as religiões tinham espaço.

No mais, esperamos que o mesmo espaço na Rádio Aldeia seja disponibilizado para os grupos sociais, que defendem o oposto do que foi ao ar no fim de semana, e que o Estado assuma voluntariamente essa postura democrática, reconhecendo sua falha, antes que a justiça o obrigue a isso.

Rodrigo Forneck

Vereador de Rio Branco PT/AC

 

A Gazeta do Acre: