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Gladson tira Alysson Bestene e traz médica de Brasília para comandar a Sesacre

O governador Gladson Cameli (PP) anunciou, no meio da tarde de ontem, 3, a saída do secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, e a nomeação da nova secretária, a médica pediatra Mônica Machado. Ela assume a Sesacre em meio à denúncia da existência de um “cartel” e o pagamento de plantões indevidos.

Durante a coletiva, Gladson Cameli falou em despolitizar a Saúde Pública. Reforçou que Alysson Bestene permanece no governo e reconheceu o esforço de Alysson no enfretamento dos problemas da Saúde. Há dias o secretário havia pedido a exoneração do cargo, mas vinha sendo mantido pelo próprio governador. “Eu tenho. Tenho que ser verdadeiro. O Alysson foi um secretário que não me trouxe problemas”, disse.

Em outra linha de raciocínio, Cameli disse que tenho procurado novos modelos de gestão para a Saúde Pública e citou como exemplos o Hospital de Base de Brasília e o Hospital do Câncer de Barretos.

“Não vou esperar até o meu último dia de mandato para chorar o leite derramado. Convidei a doutora Monica para que ela viesse dar essa força para nós. A ordem que eu dei é despolitizar a Saúde. Quero pedir a vocês que nos deem esse voto de confiança. Vão ser dias de muitas conversas, de disse me disse”, lembrou o governador.

Já Alysson Bestene, ao falar de sua saída, agradeceu Gladson Cameli pela oportunidade e acrescentou que a relação com o governador transcende as barreiras da administração. Disse, também, que nunca prometeu em sua gestão de cinco meses uma Saúde de primeiro mundo, mas sim uma eficaz dentro dos parâmetros do SUS.

“Serei um soldado para que a saúde pública dê certo e continuarei nessa luta com o governador, não à frente da Secretaria, mas como soldado”, ressalta ele.

A nova secretária de Estado de Saúde, Mônica Machado vai seguir uma linha mais técnica. Com atuação em Brasília nos últimos anos, mas já trabalhou no Acre na gestão da Maternidade Bárbara Heliodora. Mônica pretende trazer um novo jeito de fazer Saúde. Isso passa, primeiro, por afastar o campo político do técnico dentro da Sesacre.

“O Brasil está precisando que os gestores sejam mais técnicos, de aproveitar aquilo que o Ministério oferece pra gente. Quando fala de despolitizar, estamos falando de trabalhar tecnicamente. Vamos estudar cada gargalo, com cuidado, com carinho”, pontua.

Mônica Machado destaca que nesta terça-feira, 4, pretende reunir os diretores da Sesacre para uma conversa e alinhar estratégias de gestão. Ela citou que tem total conhecimento dos problemas enfrentados por Alysson Bestene na pasta. “A partir daí, vou montar uma equipe estratégica aberta para fazer funcionar”, destaca.

A passagem rápida de Alysson Bestene pela Sesacre foi marcada pela proximidade com o tio, deputado José Bestene (PP). Qualquer debate na Aleac respingava em Alysson Bestene. Isso trouxe uma sobrecarga no secretário. E, como balde de água fria, as declarações do próprio governador Gladson Cameli sobre a existência de um “cartel” na Sesacre enterrou de vez Alysson Bestene no comando da pasta, ao colocar todos sob suspeita.

FOTO/ AC24HORAS
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