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Gladson Cameli é chamado de “Barão da Soja” em reportagem do The Intercept Brasil

FOTO/SECOM

Uma reportagem do The Intercept Brasil classifica o governador acreano, Gladson Cameli (Progressistas), como o “barão da soja de segunda geração”. O portal de notícias, que ganhou destaque após publicar conversas entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato mostra a relação de Cameli com o agronegócio.

O Intercept Brasil ressalta que Gladson Cameli é uma ameaça para os ecossistemas da Amazônia acreana, ao tentar importar o modelo de Rondônia para ser implantado aqui. A reportagem revela que até mesmo a Reserva Extrativista Chico Mendes tem sido alvo de desmate, problema que tem se intensificado nos últimos anos. “A salvação econômica do Acre é o agronegócio. Rondônia, nosso vizinho e irmão, é a prova disso”, diz trecho da fala de Gladson Cameli assim que foi eleito governador, reproduz o portal.

Ao mencionar propriamente sobre a Reserva que leva o nome do líder seringueiro e ambientalista Chico Mendes, a reportagem alerta para o avanço da pecuária nas terras da Reserva Extrativista, que passa a adotar outra atividade econômica.

“O enfraquecimento do legado de Chico Mendes atinge até a reserva extrativista que leva o seu nome, na fronteira do Acre com o Peru e a Bolívia. Com a decadência da indústria da borracha, os filhos e netos da geração do “empate” – que cresceram ouvindo histórias de tratores sabotados, correntes humanas em volta de árvores e latifundiários fugindo com o rabo entre as pernas – estão virando pecuaristas. Estima-se que a Reserva Chico Mendes contenha mais de 30 mil cabeças de gado em terras desmatadas, e muitas criações estão acima do limite legal imposto a áreas protegidas”, diz a reportagem.

A quarta parte da reportagem “Floresta em Chamas” do jornalista Alexander Zaitchik, intitulada de “O Fantasma de Chico Mendes”, destaca que a figura de Chico Mendes é um tabu no governo Bolsonaro e incomoda cada vez que é mencionado. A reportagem diz que esse incômodo encontra força na figura do governador Gladson Cameli, ao defender o agronegócio como viabilidade econômica para salvar o Acre do atraso e da morosidade.

O jornalista do Intercept Brasil cita, ainda, o diálogo com o deputado estadual do PCdoB, Jenilson Leite. Ao transcrever a fala de Jenilson, este o classifica como um visionário que tenta modernizar o pensamento de Chico Mendes e impedir que um novo arco de fogo recaia sobre a Amazônia novamente. Apesar da aparência de menino, diz o jornalista, Jenilson se expressa com veemência, convicto das suas ideias. O parlamentar acreano disse que o potencial medicinal da floresta amazônica é extraordinário.

“Não estou dizendo que a floresta é intocável, mas derrubá-la não é a solução. Se agregarmos valor à gestão sustentável que os povos indígenas e outros fazem dos recursos da floresta, veremos que eles contribuem muito mais para economia do que a pecuária e a soja. O potencial medicinal da floresta é enorme. Temos que construir laboratórios de pesquisa. Promover o ecoturismo e indústrias alimentícias que não demandem um plantio anual. Açaí, castanha, frutas…”, diz Jenilson Leite.

Agronegócio sustentável – Vale a pena destacar que o governador Gladson Cameli já afirmou, reiteradas vezes, que é um defensor do progresso para o Acre através do Agronegócio, mas este sendo aplicado com um modelo responsável, sustentável e capaz de preservar o meio ambiente.

 

 

 

 

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