Nem tudo está perdido e é possível que desta reunião ontem dos governadores da Amazônia com o destrambelhado presidente da República sejam tomadas algumas medidas efetivas para conter as queimadas e a devastação da floresta com sua rica biodiversidade na região.
Mesmo que tenha confundido o Acre com Rondônia, o presidente parece ter-se dado conta da burrice cometida e já admitiu que o país poderá aceitar a ajuda de R$ 90 milhões que os países do G-7 ofereceram para conter essa tragédia que chamou a atenção do mundo civilizado.
Pelo menos, da parte dos governadores prevaleceu o bom senso e todos foram unânimes em afirmar que seus estados não dispõem dos recursos necessários para conter a devastação, em suas várias frentes.
Ou seja, não basta o Governo Federal enviar tropas do Exército para auxiliar na prevenção e no combate das queimadas ou meia dúzia de brigadistas. Como a imprensa vem mostrando, a extensão é bem maior e só com muitos recursos e determinação o problema será contornado.
Na verdade, toda essa tragédia poderia ter sido evitada se o presidente da República e seu ministro do Meio Ambiente e alguns governadores não tivessem cometido o desatino de incentivá-la ao invés de fazer cumprir a legislação ambiental. Pelo sim, pelo não, a conferir os resultados.