Nos primeiros dias que assumiram os Governos Federal e Estadual, o presidente da República e o governador ordenaram a desativação dos radares e outras medidas punitivas para quem transgredissem as leis de trânsito e deu no que deu: no aumento de acidentes quase sempre fatais de motoristas e pedestres.
Como se está noticiando, no final de semana, depois de sair embriagado de uma festa, um sargento da Polícia Militar atropelou um colega de farda, que se encontra no hospital diagnosticado com morte cerebral.
Acidentes como este acontecem todos os dias e se multiplicaram aqui e pelo país afora, provocados por motoristas que se sentiram impunes com o afrouxamento das leis de trânsito, incentivado pelas maiores (ou menores) autoridades do país, sob o argumento de que havia uma suposta “indústria da multa”.
O resultado não poderia ser pior. Pelas estatísticas divulgadas, o número de mortes e feridos provocados nas cidades e nas rodovias é superior ao número de mortes e feridos em ocorrências policiais, com a agravante de que essas também já ultrapassaram todos os limites.
O bom senso e o senso de responsabilidade jamais admitem que governantes incentivem o afrouxamento das leis e, quando isso acontece, os resultados são sempre catastróficos.