O diretor de obras do Depasa, Jamerson Lima, afirmou que a licitação para privatizar o órgão, o que ele chama de “subconcessão do sistema”, deve ocorrer em julho de 2020.
Segundo Lima, a medida deve ocorrer apenas em municípios como Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá, Feijó, Brasileia e Epitaciolândia.
“O Depasa não vai deixar de existir, os servidores não vão ser demitidos, inclusive, é o Depasa que fiscalizará a atuação da empresa que vai chegar para operar os sistemas de grande porte. É uma subconcessão, uma espécie de parceria, onde o capital externo pode chegar e investir o recurso que a gente precisa para poder que o sistema seja melhorado”.
Contudo, o Sindicato dos Urbanitários do Acre está acompanhando todo o processo da possível privatização. O presidente da entidade, Marcelo Jucá, afirma que a medida deve encarecer a tarifa de energia e gerar demissões de servidores do órgão.
“Será que o Acre teria condições de ter mais um serviço essencial, como o saneamento, privatizado? A maioria da população não está conseguindo pagar a conta da energia. E com a privatização do Depasa, os valores sobem tanto quanto o da energia”, disse.
Jucá explica que o projeto seria encaminhando para apreciação da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) ainda este ano, porém, devido a pressão sindical, a votação e discussão sobre o tema ficou para fevereiro de 2020.
“Devido a toda a pressão, a repercussão negativa, a privatização da Eletrobras e suas consequências, eles deram uma recuada. Mas nós estamos monitorando por que veio a informação que podia ser colocado em pauta agora no recesso”.
E acrescenta: “Vamos estar conversando e buscando apoio no sentido de cobrar audiência públicas para que o poder público possa dizer o que a privatização vai trazer de benefícios para a população. Eles querem votar e aprovar de qualquer jeito por que sabem que quem ganha é sempre a iniciativa privada”.