Com a descapitalização das facções criminosas no Acre, o alvo dos criminosos passou a ser veículos. Em menos de 24 horas, um empresário e um servidor público foram alvos de bandidos em Senador Guiomard e em Rio Branco.
Na tarde de terça-feira, 17, o comerciante Railson da Silva Barros foi baleado na porta de sua residência, em Senador Guiomard. Dois homens chegaram em uma moto e o passageiro anunciou o assalto.
Após render a vítima e roubar seus pertences, os criminosos levaram o veículo da vítima, um Saveiro Cross, de cor branca.
O comerciante foi encaminhado para o hospital do Quinari, mas devido a gravidade dos ferimentos ele foi transferido ao pronto-socorro de Rio Branco.
No mesmo dia, o servidor público Nilton Ademir do Nascimento, de 51 anos, foi sequestrado e teve sua caminhonete roubada, no bairro Morada do Sol, em Rio Branco. Ele foi encontrado na madrugada desta quarta-feira, 18, com as mãos amarradas, na região do Conjunto Rui Lino.
De acordo com a família, a vítima estava a caminho de uma partida de futebol quando foi abordado por três homens que caminhavam pela rua. Os bandidos obrigaram o empresário a sair do banco do motorista e fugiram levando a vítima.
A família conseguiu encontrar Nilton após os criminosos ligarem o celular dele, o que possibilitou os familiares de rastrearem o aparelho e localizarem o homem. Ele foi mantido em cativeiro, enquanto os criminosos fugiram com uma caminhonete modelo Hilux, de cor prata.
Na semana passada, o filho do ex-vereador Josué Amorim, irmão do deputado estadual Ney Amorim, foi sequestrado e teve seu carro roubado. Júnior Amorim foi rendido por dois homens armados na saída da casa de sua namorada, no bairro Jardim Primavera.
O jovem ficou em cativeiro por cerca de cinco horas e conseguiu fugir e pedir ajuda. Ele estava em uma casa na Vila Custódio Freire. Os bandidos o agrediram e levaram sua caminhonete Hilux, de cor preta.
Esse tipo de crime é mais comum do que parece. Nas redes sociais, todos os dias há publicações de carros roubados, que em sua maioria são trocados por armas e drogas no Peru e na Bolívia. As fronteiras desguarnecidas e sem nenhum tipo de fiscalização contribuem para o aumento desse tipo de crime.