Ao seu estilo esfuziante, o governador Gadson Cameli tem anunciado nos últimos dias, em ocasiões diversas, que dispõe de R$ 1.200 bilhões para investir em diversos setores da economia do Estado, de modo prioritário, em obras de infraestrutura.
Nesses tempos bicudos de crise econômica, isso é deveras reconfortante, mas o que o se pergunta é por que está demorando tanto para começar a trabalhar, considerando que no primeiro ano limitou-se a pagar o funcionalismo público. Mesmo assim, ultrapassando e muito a cota da Lei de Reponsabilidade Fiscal?
No setor do agronegócio, por exemplo, que foi decantado como o carro-chefe do seu Governo, não se vu absolutamente nada a não ser o de sempre, o rebanho bovino, mas não se viu nenhuma plantação de milho, arroz, feijão e mesmo a soja que é tida e havida como o produto mais rentável em termos de exportação.
O que se assistiu foram as sucessivas crises com o troca-troca de secretários e assessores e por conta dessa instabilidade, para ficar ainda no setor agrícola, deixaram o “verão amazônico” passar e sequer recuperaram os ramais para os pequenos e médios produtores rurais escoarem sua produção.
As próprias rodovias, a cargo do Estado, como as de Plácido de Castro, Porto Acre e outras no Vale do Juruá estão em condições intrafegáveis.
Na verdade, se presume o que o Governo pretende realizar: obras faraônicas, que renderão marketing político, como viadutos, novas rodovias para o Peru como essa de Pucalpa que, a rigor, não são prioritárias. Em suma, por ora, muita conversa e pouco trabalho.