Até que enfim, parece que o governador Gladson Cameli deu-se conta da gravidade da situação da segurança pública no Estado ou que teria perdido o controle sobre a criminalidade e teria um encontro ontem com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, para pedir a ajuda das Forças Armadas no combate ao narcotráfico nas fronteiras do Estado.
Na verdade, esta medida já deveria ter sido solicitada há mais tempo, considerando que a causa primeira e principal está nas fronteiras escancaradas com os países tidos como maiores produtores de drogas de onde as facções criminosas se abastecem com o narcotráfico e disputam seus “territórios” aqui no Estado e exportam o excedente para os estados do Centro-Sul do País.
Outra verdade é que o governador está solicitando o que é de direito do Acre e outros estados amazônicos: a obrigação constitucional do Governo Federal em vigiar as fronteiras.
Uma obrigação que vem sendo cobrada pelos ex-governadores, a começar pelo ex-governador Tião Viana e outros que se reuniram várias vezes para exigir a implantação de um Plano Integrado de Segurança Nacional envolvendo as Forças Amadas e as polícias locais.
Não foram atendidos e deu no que deu: os estados perderam o controle sobre a criminalidade e a sociedade se sente completamente insegura, apavorada, refém em suas casas. Mesmo assim, a conferir os resultados desse encontro do governador com o ministro.