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Associação afirma que 40% das empresas do Acre já foram alvo de criminosos: ‘rotina não é a mesma’

Pelo menos 40% das empresas do Acre já foram alvo de criminosos. É o que aponta um levantamento feito pela Associação Comercial do Acre (Acisa) com os comerciantes associados. No estado, 620 empresários estão cadastrados na associação.

Preocupado com a falta de segurança, o presidente da Acisa, Celestino Bento, diz que a rotina de trabalho dos comerciantes já não é mais a mesma. Segundo ele, os comerciantes precisam, inclusive, mudar o horário de funcionamento de alguns estabelecimentos, dependendo do local onde atendem.

“Temos conhecimento de tudo que está acontecendo no mercado empresarial e também fizemos uma pesquisa. É uma situação muito preocupante porque, mesmo com todo esforço da polícia, ela não está conseguindo conter esse alto índice de violência. A classe empresarial é o motor da economia e acaba recuando com medo”, disse o presidente.

Fazer investimentos nos negócios acaba não sendo uma opção por conta desse medo relatado pelo presidente. Ele avaliou ainda que é preciso uma ação “mais enérgica”, com o envolvimento da segurança pública, parlamentares e judiciário para buscar solução para o problema.

“Um momento tão delicado, onde Rio Branco tem mais de 80 mil desempregados, de estar motivando o empresário a investir e gerar emprego, essa situação acaba inibindo os investimentos, principalmente, na ampliação dos negócios. Eu estou muito preocupado com a situação. Na realidade, a rotina não é a mesma. No meu caso, minha empresa já foi assaltada oito vezes. E a maioria é assim também, já foi vítima mais de uma vez”, relatou.

A associação chegou a emitir uma nota falando do cenário de medo e de violência que tem gerado insegurança nos comerciantes e população em geral.

“A Acisa se manifesta, temendo pela vida da população em geral e dos comerciantes, que estão vulneráveis e totalmente amedrontados com a onda de criminalidade. A entidade vem lutando para buscar o apoio necessário e dar suporte aos associados, que rotineiramente, relatam o medo de abrir as portas de seus comércios, com dúvidas se vão conseguir retornar com vida para casa”, disse a entidade. (Do G1-AC)

A Gazeta do Acre: