7 de junho de 2023
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

No Result
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Luísa Lessa
    • Evandro Ferreira
    • Beth Passos
    • Cláudio Porfiro
    • Roberta D’Albuquerque
    • Pablo Angelim Hall
    • Stéphanie Assad
    • Marcela Mastrangelo
  • Social
    • Jocely Abreu
    • Gazeta Estilo
    • Jackie Pinheiro
    • Márcia Abreu
    • Beth News
    • Mirla Miranda
    • Roberta Lima
    • Giuliana Evangelista
  • Publicações Legais
    • Avisos
    • Comunicados
    • Editais
    • Publicações Legais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

7 de junho de 2023
No Result
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
No Result
View All Result

Medo do novo coronavírus (COVID 19): o que podemos fazer?

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
10/03/2020
A A
Manda no zap!CompartilharTuitar

A doença provocada pelo novo coronavírus (nCoV) foi nomeada pela sigla COVID-19. Iniciada na província de Hubei, que tem como capital a cidade de Wuhan – China, a doença supera em número de mortalidade os surtos provocados por outras variedades de coronavírus, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV), ocorrido em 2002/2003 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), ocorrido uma década após.  Essa não será a nossa última pandemia e, portanto, surge a pergunta: o que deveremos aprender e fazer para reduzir o impacto de futuras doenças?

A pandemia pelo novo coronavírus poderia ser prevista há pelo menos cem anos, desde que a pandemia do vírus Influenza A, do subtipo H1N1, conhecida como “Gripe Espanhola”, infectou 500 milhões e matou pelo menos 50 milhões de pessoas em todo o mundo, no início do Século XX. Novas epidemias eram apenas uma questão de tempo.

Discorrendo sobre este tema, Bill Gates, num vídeo produzido em 2015 e visto mais de 3 milhões de vezes, concluiu que ainda não estamos preparados para lidar com uma pandemia, ou seja, uma epidemia que afete a humanidade, disseminada em escala global. Isso já está acontecendo com o novo coronavírus com mais de 100 países com casos confirmados.

Os dados, até o momento, indicam que a COVID-19 causará um grande impacto econômico global. O Banco Mundial estimou que uma pandemia semelhante à de 1918 poderia causar na atualidade, danos e custos a nível mundial de três trilhões de dólares, bem mais do que todo o Produto Interno Bruto do Brasil em um ano. Como exemplo, as companhias aéreas poderão perder mais de cem bilhões de dólares este ano, caso o COVID-19 continue a avançar.  Alguns economistas preveem uma recessão global causada pela doença, sem falar nos danos por todas as mortes associadas.

A China, conhecida como a fábrica do mundo, após epidemia pelo novo coronavírus, reduziu drasticamente a sua atividade industrial, observada pelo decréscimo da emissão de poluentes e consequente melhoria da qualidade do ar nessas áreas, monitoradas por imagens de satélites.

O modo de raciocínio humano é primariamente binário, ou seja, oscilamos entre reações absolutas, como sim ou não, bom ou ruim, seguro ou inseguro, etc. Este sistema é parcialmente efetivo e serve para nos proteger da maioria dos perigos cotidianos, para decidir se devemos fugir ou lutar, mas não nos ajuda quando avaliamos situações de natureza mais complexa.

Como está reagindo a população mundial frente a esta e a futuras pandemias? Em sua maioria oscilam entre a negação do problema ou o pânico. Ambas atitudes levarão ao mesmo resultado – ações de combate menos eficientes e eficazes, maior sofrimento e muitas mortes desnecessárias.

Em primeiro momento, deveríamos pensar na redução da propagação do novo coronavírus, representada por ações de prevenção primária (Promoção à saúde + Proteção específica) e prevenção secundária (Diagnóstico precoce e tratamento imediato + limitação do dano).

A propagação de uma doença pode ser calculada, indicando quantas pessoas um determinado paciente infectado provavelmente contaminará, ou seja, o número básico de reprodução, representado pela letra (R). Se o resultado (R) estiver em valores acima de 1, cada paciente infectado transmitirá a doença a pelo menos uma outra pessoa e causará o crescimento do número de casos. Se o (R) for menor que 1, um grupo de pessoas infectadas contaminará menos pessoas e a epidemia acabará.

Do ponto de vista do planejamento de políticas de saúde, ele fornece um objetivo muito claro. Por exemplo, na epidemia de Ebola em 2014, o cálculo do (R) foi uma parte importante de avaliação e controle das ações de saúde. O objetivo era obter o (R) abaixo de 1.

O (R), no sentido mais simples, depende da resposta a poucos fatores: (1) quantas pessoas por dia estão em contato com a pessoa infectada? (2) quais as chances desses contatos serem infectados? (3) há quanto tempo que a pessoa infectada está circulando?

Este número pode ser complicado para calcular, mas a sua base conceitual serve para analisar o que podemos fazer para reduzir o potencial de transmissão de uma doença e, no caso de uma epidemia, é onde entra as ações da Defesa Civil nos planos de contingência e mitigação.

É obvio que precisamos isolar pessoas já doentes, objetivando reduzir o número de contatos por dia (1) e o tempo de contato (3). Para as equipes de saúde que cuidarão desses pacientes, é absolutamente necessário fornecer e fiscalizar o uso de EPIs – Equipamento de Proteção Individual, adequados para reduzir o fator (2).

Reduzir o potencial de transmissão do novo coronavírus na população assintomática, necessitará da colaboração e organização de todos – algo que também faz parte do conceito da “Defesa Civil”.

Vamos precisar coordenar efetivamente as atividades coletivas como atividades escolares, recreativas, esportivas e culturais, etc. Garantir a manutenção de serviços essenciais como tratamento e fornecimento de água, energia elétrica e combustíveis, segurança pública, engenharia de trânsito e transportes, fornecimento e distribuição de alimentos, etc. Simultaneamente, garantir a segurança ocupacional e a plena operacionalidade das equipes de assistência e serviços de saúde.

No caso específico dos Estados que compõe região de fronteira, como o Acre, torna-se imperativo estabelecer planos de contingência e cooperação internacional. Mais do que tudo, vamos precisar ajudar os nossos vizinhos – nos bairros e na região – a solidariedade vai ser um elemento de sobrevivência neste admirável mundo novo, junto com bondade, empatia e coragem.

Vamos terminar com as palavras do Diretor da Organização Mundial da Saúde quando declarou no dia 5 de março que “…os planos de emergência começam com a liderança máxima [governador e prefeitos], coordenando todas as partes do governo, não somente da saúde, mas da segurança, financeiro, comércio, transporte, informação e outros – o governo todo.”

“Ativar os seus planos de emergência que envolve o governo inteiro [lê-se uma abordagem da defesa civil e gestão de riscos].  Educar o público para que o povo saiba quais são os sintomas e como se proteger e proteger os outros…”

“Se os países agem agressivamente para encontrar, isolar e tratar os casos [da COVID-19] e traçar cada contato, eles podem mudar a trajetória desta epidemia.  Se usamos a abordagem de que não há nada que possamos fazer, isto vai rapidamente se tornar verdade.  [A decisão] está nas nossas mãos…”

“Isto não é simplesmente uma ameaça para pessoas individuais ou países individuais. Estamos juntos nesta situação e somente juntos podemos salvar vidas.”

 

Irving Foster Brown – Pesquisador do Centro de Pesquisa de Woods Hole, Docente de Pós-Graduação e Pesquisador do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre.

Paulo Henrique Sampaio Valadares – Médico, Especialista em Saúde Pública (UFAC), Mestrando em Ciências da Saúde na Amazônia Ocidental pela Universidade Federal do Acre – UFAC

 

 

 

 

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR
Anterior

ARTIGO: As demandas de nossos filhos

Next Post

Seria uma catástrofe

Mais Notícias

Roberta D'Albuquerque

O povo, o polvo e a pólvora

Roberta D'Albuquerque

Diga que esfriou sem dizer que esfriou

Roberta D'Albuquerque

Fiz endoscopia sábado agora

Beth Passos

Beth Passos On Line

Beth Passos

Os limites do conhecimento

Pablo Angelim Hall

Veja como sacar o FGTS Calamidade

Mais notícias
Next Post

Seria uma catástrofe

GAZETINHAS – 10-03-2020

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

No Result
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Luísa Lessa
    • Evandro Ferreira
    • Cláudio Porfiro
    • Beth Passos
    • Roberta D’Albuquerque
    • Pablo Angelim Hall
    • Stéphanie Assad
    • Marcela Mastrangelo
    • Foster Brown
    • Frei Paulo Roberto Gomes
    • Aline Cordeiro
  • Social
    • Jocely Abreu
    • Gazeta Estilo
    • Jackie Pinheiro
    • Márcia Abreu
    • Beth News
    • Mirla Miranda
    • Roberta Lima
    • Giuliana Evangelista
    • Guia Glam
  • Charge
  • Vídeos
  • Publicações Legais
    • Avisos
    • Comunicados
    • Editais
    • Publicações Legais
  • Fale Conosco
  • Expediente
  • Receba Notícias no celular

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre