Dias após o deputado Fagner Calegário (PL) levantar a possibilidade da cobrança de propina por parte de emissários do governo a empresários para a liberação de pagamentos atrasados a fornecedores, o Governo do Estado se vê diante de mais uma crise. Dessa vez, os indícios são de superfaturamento na aquisição de equipamentos de informática pela Agência de Reguladora de Serviços Públicos do Acre (Ageac).
Ontem, 28, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) expediu uma notificação que deve ser encaminhada à diretora-presidente Mayara Cristine Bandeira de Lima. Ela tem o prazo de 5 dias para desistir da compra de um dos itens previstos na Ata de Registro de Preços, n° 49/2019/DEAF, além de esclarecer ao TCE os motivos acerca do “superpreço” praticado no item não descrito na notificação publicada pelo TCE em seu Diário Oficial Eletrônico.
Em nota, o Governo do Estado disse que não vai se pronunciar sobre o assunto de antemão, mas que fará uma nota técnica na próxima segunda-feira, dia 2 de março. O governo diz, ainda, que a gestão de Gladson Cameli tem trabalhado com “diligência” e “probidade” na administração pública. E acrescenta que os atos praticados pelos gestores das pastas têm sido “com total legalidade”.
Mayara se pronunciou em sua página do Facebook e negou a situação. “Em nenhum momento o TCE me notificou por superfaturamento de compra! Notificou pela adesão da ata que existe em um item específico outras atas vigentes”.
Recentemente, Mayara Cristine assinou contrato com empresas ligadas a membros de sua família, a família Bestene. O caso foi relatado pelos meios de Comunicação do Acre. A denúncia que o TCE traz envolve a aquisição e aluguel de equipamentos de informática.