Francisco Assis dos Santos*
Dia desses, antes do COVID-19 e seu séquito de desgraça e terror nos quadrantes da Terra, andei matutanto sobre qual seria um bom lugar para eu terminar os meus dias de velhice, caso venha tê-los. Pensei em muitas cidades: Brasília, que me arrogo em conhecer, pois ando por lá há 20 anos, e onde tenho uns poucos amigos e conhecidos.
Morar, no Plano-área residencial- sem demérito as antigas e novas cidades do entorno, seria uma boa…pensei! Mas, logo me enfadei da idéia de morar em Brasília, cidade pesada demais. Imaginei a cidade de Porto/Portugal, pasmem os senhores leitores. Lá, poderia ingressar na Universidade Fernando Pessoa e dar continuidade as minhas “fracas” pesquisa em assuntos humanísticos. Assim, continuei minhas divagações pelo mundo afora, especialmente pelo Brasil. Lugares e cidades agradáveis de se viver, no Norte, Sul, Leste e Oeste…enfim, sem contudo encontrar guarida para os devaneios do meu espírito inquieto!
De repente, num despertar das divagações da alma, me dei conta do lugar onde vivo: O Acre, tão Acre, do altivo, forte e insubmisso Rio Acre.
E o que dizer de Rio Branco? Rio Branco, das lutas contínuas em prol de políticas públicas mais humanas, com a descentralização de renda. Isto é, equidade e oportunidades para todos, sem ressalva. Rio Branco, que não deixa morrer a esperança de melhores dias, quimeras que enchem o peito de cada habitante da cidade.
Rio Branco, onde meus sonhos foram subsidiados. Lugar da minha morada, onde labuto despido de preferências política partidária, apostando no trabalho honesto, colaborando no desenvolvimento desta terra, de maneira especial com o avanço da Educação Superior no Estado.
Então, à luz destes fatos, cheguei à conclusão que aqui é o melhor lugar para eu morar, notadamente no Residencial Santo Afonso. Isso ficou evidente quando começou os Decretos de Lei impondo “quarentena” à sociedade. Naquele momento estava em Brasília, bem instalado na companhia da esposa Ozi, mas resolvemos voltar para Rio Branco. Chegamos à conclusão que Rio Branco seria, e de fato tem sido, o melhor lugar para cumprir o nosso “ISOLAMENTO”.
Aqui estamos esposa, filhos, nora, genro, netos, dos quais três são acreanos. A propósito, em dias difíceis, como os que estamos suportando, lugar bom é onde está a família. E, além destes, bons amigos, sinceros de verdade!
Ademais, o propósito ultimo do homem é o seu bem estar, ser feliz na simplicidade da vida, pois nem a posse das riquezas, tampouco a abundância das coisas, nem a obtenção de cargos ou o poder produzem a felicidade e a bem-aventurança; produzem-na a ausência de dores, a moderação nos afetos e a disposição de espírito que se mantenha nos limites impostos pela natureza.
* HUMANISTA. E-mail: assisprof@yahoo.com.br
“Chegamos à conclusão que Rio Branco seria, e de fato tem sido, o melhor lugar para cumprir o nosso “ISOLAMENTO”.