Acordei hoje pensando nas dificuldades crescentes no país de entendermos uns aos outros. É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
Quem somos nós para julgar? Quem nos deu esse direito? Que religião que querem implantar por aqui é essa que persegue, que mata, que exclui?
O Encontro de Jesus com a Mulher Samaritana é um exemplo bíblico dos mais destacados para contextualizarmos. Jesus pediu água a uma mulher e ela respondeu: – O senhor é judeu e eu sou samaritana. Então como é que o senhor me pede água (ora, os judeus não se dão com os samaritanos). ” João 4:9. Jesus, porém, quebrou o paradigma dos preconceitos ao se relacionar e se comunicar de forma saudável com a mulher de Samaria. Mas os falsos profetas políticos não seguem os passos do Mestre.
Infelizmente a tendência é piorar com esses seres que usam o nome de D’us para punir quem não segue sua cartilha. Do jeito que as coisas estão indo, no Brasil, o próximo passo será queimar a constituição em praça pública.
Vivemos num país desajustado. Não há moral, respeito e nem indignação. Somos uma manada sem rumo e uma espécie a ser estudada pela ciência.
Não obedecemos nenhuma lei, estamos acima do bem e do mal. Nossos governantes, tardiamente, fazem aquele fake ar circunspecto e dão as coordenadas para impedir o alastramento do vírus. A resposta de uma ínfima parte da população é tomar as medidas corretas de proteção. A maioria diz oba, não tem aula. Oba, não vou trabalhar. Oba, delicia de vírus. As praias coalhadas de gente, os bares repletos.
O brasileiro é socialmente irresponsável. Acha que o que afeta o outro não vai afetar você. Somos educados numa negligência absurda no que diz respeito a tudo comunitário. Nesses momentos de crise nos damos conta dos séculos de pífia educação cidadã no país.
Beth Passos é jornalista.
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