Durante sessão virtual realizada na manhã de terça-feira, 6, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) falou sobre a existência de uma crise política no Palácio Rio Branco. De acordo com ele, o governador Gladson Cameli e seu vice, Major Rocha (PSL) estariam se desentendendo devido o cartão Avancard.
O parlamentar disse que os servidores públicos são constantemente estimulados via mensagens e telefonemas por representantes do Avancard e reiterou que nem mesmo o vice-governador tem escapado do assédio por parte da empresa.
“São mensagens diárias com conteúdo convidativo para que os servidores se endividem através desse cartão. Ocorre que o dono da Fênix Soft é irmão do dono do Avancard e a primeira empresa fez um tráfico de dados sigilosos para a segunda. Até mesmo o vice-governador tem sido assediado para adquirir empréstimos”, disse.
Edvaldo Magalhães explicou que a lei complementar n° 370, aprovada na Aleac, estipulou um teto máximo para consignados de 35%. Ocorre que, logo em seguida, surgiu um contrabando jurídico, com o acréscimo de um parágrafo único de um decreto expedido pelo governo, acrescentando que o Avancard não se submete à primeira lei, e permitindo mais 15% de empréstimo para servidores públicos.
“Estamos diante de uma grande fraude. O governo contratou a Fenix Soft de forma direta a troco de um depósito de R$ 100 mil por mês. A empresa até hoje não depositou um real no Fundo de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Representantes do Avancard todos os dias ligam e enviam mensagens aos servidores públicos, praticamente forçando a aquisição de empréstimos. Cadê o Procon? Até o vice-governador é assediado”, finalizou. (Andressa Oliveira / Agência Aleac)