O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores que o governo federal não vai tornar a vacina contra a Covid-19 obrigatória. O chefe do Executivo reforçou que a decisão cabe a ele e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
“Já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final”, frisou, durante conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, 19.
Sem citar o nome do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o qual afirmou que tornará obrigatório o imunizante contra a Covid-19 para a população do estado, Bolsonaro disse que o tucano “está se intitulando o médico do Brasil”.
“Tem um governador aí que está se intitulando o médico do Brasil, dizendo que ela será obrigatória. Repito que não será”, afirmou o mandatário do país.
Segundo Bolsonaro, somente quando houver comprovação científica e a vacina for autorizada pela Anvisa e aprovada pelo Ministério da Saúde, o imunizante será oferecido ao Brasil, de forma gratuita.
Durante a conversa nesta manhã, um dos apoiadores reclamou que a vacina “está sendo feita nas coxas”. Em seguida, fez um questionamento: “Quem é que vai tomar uma desgraça dessas?”.
“Tem que ter comprovação científica, o país que tá oferecendo essa vacina tem de primeiro vacinar em massa os seus, depois oferecer para os outros países”, respondeu Bolsonaro.
Obrigatoriedade da vacina
O governador João Doria afirmou na última sexta-feira, 16, que a vacina contra a Covid-19 será obrigatória em todo o estado, após ser aprovada pela Anvisa.
Doria acusou o presidente de “politizar” a vacina, desenvolvida e testada em parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório Chinês Sinovac.
O Ministério da Saúde ainda liberou verba para a compra da Coronavac, segundo o Governo de São Paulo. (Fernando Caixeta / Metrópoles)