Quem passar em frente à Escola Municipal Ismael Gomes de Carvalho, no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco, agora pode se deparar com um mural colorido que conta, através da pintura, parte da história acreana. A arte, intitulada Memória do Acre, é obra do professor e artista visual Natalino Santos.
O projeto Memória do Acre foi aprovado pela Lei de Emergência Cultural Audir Blanc e ficará exposto de modo permanente a partir de agora. “Pode ser admirado pelos alunos quando as aulas presenciais voltarem e pelos moradores que por ali passam”.
A pintura no muro da escola traz um contexto das artes visuais, da memória do Acre, e fala ainda de alguns aspectos da Revolução Acreana, da cultura popular através dos mitos e da lenda. Natalino Santos explica como pensou no projeto. “Pintei na escola o desenho voltado para área infantil com uma linguagem bem caricatural para que eles possam realmente entender. A finalidade do projeto é esse resgate cultura da nossa história, da nossa memória. Que por meio dessas imagens eles [alunos] possam despertar, entender, valorizar a nossa história e nossa cultura”.
O artista descreve que a pintura da Revolução Acreana tem de um lado os soldados brasileiros e do outro os soldados bolivianos, no momento do corte da corrente. “Alguns morreram. E esse projeto faz um resgate a essa memória por meio de uma linguagem visual bem fácil”.
Natalino reforça que tem sido um momento difícil para os artistas e que apoios como esse têm sido essenciais nos últimos meses. “Agradeço a Fundação Garibaldi Brasil, Prefeitura de Rio Branco e o Governo Federal, que está patrocinando por meio da Lei Aldir Blanc, que ajudou muitos artistas nesse momento de pandemia. É um incentivo que veio em hora oportuna, num tempo de crise que veio com a pandemia”. (Da Redação A GAZETA)
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Fotos: Cedidas