A raça humana vive, na presente hora, uma crise profunda de representação. As forças positivas, diria um pensador contemporâneo, são muito dispersas. Tudo é inconstante, a única certeza é a morte. Numa simples olhada no panorama mundial, mesmo pela ótica dum olhar otimista, constatamos que o homem, do mundo de hoje está embrenhado no vale da sombra da morte. Na melhor das hipóteses estamos todos “num mato sem cachorro”.
Nem mesmo a ciência, com seu avanço fenomenal, tem meios para debelar essa situação caótica em que estamos metidos. Alias, as ciências, sem exceção alguma, nada mais são que medidas paliativas, pois que a economia é um desastre, as doutrinas econômicas derrubaram e continuam a derrubando governos, vivem a inflamar os ânimos dos cidadãos comuns; a ciência política com suas teorias “rachadas” não tem solução “políticas” para o Brasil ou para qualquer outra nação do planeta; a sociologia com todas as suas ramificações sociais falhou, os meios urbanos estão aí para provar o que digo, pois as cidades são um verdadeiro caos; a teologia desmoronou, o que restou dos dogmas, especialmente cristão, são grupelhos religiosos e seus pseudos líderes, vendilhões da fé, que vivem saqueando os poucos recursos de pessoas de “boa fé” com a conivência do Estado, é bom que se diga. Parece que estamos na contramão da vida humana, já que as nações dos quadrantes da terra, são detentoras de aparatos bélicos de alta destruição. Desta forma, a vida humana, hoje, não é nada atraente.
O que existe são só discursos falaciosos, notadamente das nações ricas e poderosas, enquanto milhares de mulheres e homens, estão morrendo envenenados como ratos de porão; outros milhares de milhares morrem de pestes perniciosas e seus vírus (novo coronavírus) implacáveis. Na Índia, pobre dos indianos, 379 mil foram afetados somente neste último 29 de abril.
Há, para completar, a miséria e a fome que permeia os quadradantes do segundo País mais populoso do Planeta Terra. Li em algum lugar que “A metade das pessoas que vivem em pobreza absoluta estão no sul da Ásia, principalmente na Índia e Bangladesh. Aliás, ninguém sabe, realmente, quantas pessoas morrem de fome a cada ano. Muitos países subdesenvolvidos apresentam estatísticas irregulares e muitas vezes não confiáveis, de modo particular quando concernentes a mortes de crianças. Estatísticas não muito recentes estimam que 12 milhões de recém nascidos morrem todos os anos, por causa dos efeitos da subnutrição nos países em desenvolvimento. A luz dessa realidade assombrosa é pertinente perguntar: Existe vida inteligente na terra?
Quanto as forças positivas, essas são muito dispersas, fragmentadas, perdidas no vácuo da maldade que penetra toda a atmosfera terrena. Todos, quase sem nenhuma exceção, vivem um clima de incerteza e grande ansiedade íntima. Anelam por dias melhores que nunca chegam. Temem o futuro e desconfiam que a situação caótica tende a piorar.
“Na melhor das hipóteses estamos todos num mato sem cachorro”
Francisco Assis dos Santos é humanista
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