Mais uma vez, a população deve ir às ruas neste sábado, 3, em todo o Brasil, para pressionar a Câmara dos Deputados a levar adiante os mais de cem pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Em Rio Branco, a concentração está marcada para ocorrer a partir das 16h, em frente o Palácio Rio Branco.
O evento é organizado pela Secretaria Estadual da Juventude do Partido dos Trabalhadores do Acre, em parceria com outras entidades e representantes da sociedade civil. Uma das organizadoras, a estudante de Tecnologia em Agroecologia, Lívia Castro, reforça que o desejo é ocupar as ruas em um só voz.
“Nossa expectativa é ocupar as ruas em um só voz de Fora Bolsonaro e seus aliados, contra a pl490, em defesa dos povos originários, conta o Marco temporal e as privatizações dos serviços públicos, em defesa da educação, e por vacina para todas, todos e todes”, declarou.
“Convidamos a classe trabalhadora, estudantes, professores, povos indígenas, toda a população de Rio Branco que se una a essa luta contra o desmonte de diretos desse desgoverno. Amanhã, 3 de julho, ato unificado nas ruas, às 16h no palácio do governo”, reforçou Lívia.
As denúncias
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é recordista de pedidos de impeachment e foi alvo de um “superpedido” por sua saída do cargo na última semana, que reuniu acusações de mais de 100 denúncias apresentadas à Câmara dos Deputados.
O pedido imputa a ele pelo menos 23 crimes previstos na lei 1.079/50, conhecida como Lei do Impeachment, entre eles: cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, tentar dissolver o Congresso Nacional, atrapalhar investigações, violar o direito à vida dos cidadãos na pandemia, incitar militares à desobediência à lei e não agir contra subordinados que agem ilegalmente. Este último, está ligado às denúncias em torno da compra da vacina indiana Covaxin, denunciado pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF). Nesta sexta-feira, 2, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar se o presidente incorreu no crime de prevaricação.
O “superimpeachment”, traz a assinatura de 46 pessoas, representantes de diversas entidades, como partidos políticos, sindicatos, associações e coletivos. Entre os 46 signatários, estão representantes de 11 partidos de oposição: o Cidadania; Partido Comunista Brasileiro (PCB); Partido Comunista do Brasil (PCdoB); Partido da Causa Operária (PCO); Partido Democrático Trabalhista (PDT); Partido dos Trabalhadores (PT); Partido Socialismo e Liberdade (PSOL); Partido Socialista Brasileiro (PSB); Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU); Rede Sustentabilidade; e Unidade Popular (UP).