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Governo quer mandar para o fim da fila cidadão que recusar vacina no Acre

O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, declarou nesta segunda-feira, 12, que estuda publicar um decreto para colocar no fim da fila do plano de imunização estadual pessoas que tentarem escolher que vacina tomar contra a Covid-19.

A exemplo de outros Estados, os chamados “sommeliers de vacina” estão buscando escolher que imunizante tomar ao chegarem nas unidades de saúde, atitude que poderá ser punida, como nas cidades de Campinas (SP), Santa Rosa de Viterbo (SP) e São Bernardo do Campo (SP), entre outras. Vale destacar que todas as vacinas disponíveis no país foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e são eficazes no combate ao novo coronavírus.

“Você que tá escolhendo [vacinas], cuidado para amanhã não ter que escolher entre a vida e não poder. Então eu vou decretar e fazer o que tiver que fazer. Não vou ficar calado e batendo palmas para uma situação como essa. É um desrespeito até com as pessoas que estão cansadas ajudando pra que a gente vire essa página”, disse o governador.

A ideia é que o cidadão que comparecer à unidade de saúde e não aceitar a vacina disponibilizada naquele momento assine um termo de recusa e seja encaminhado para o fim da fila.

Variantes preocupam

Com a iminência da chegada da variante Delta, que se propaga pelo Brasil, a imunização da população se torna ainda mais urgente e a escolha das vacinas pelos cidadãos dificulta o processo. Na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre confirmou ter identificado ao menos 68 casos da variante gama, mais uma mutação da Covid-19.

De acordo com Marcos Venicius Malveira, do Centro de Informações Estategicas em Vigilancia em Saúde do Acre, a variante gama é mais contagiosa do que a versão clássica do vírus e, portanto, requer mais atenção.

“A variante gama é um pouco mais contagiosa que a variante clássica do Coronavírus, ela possui algumas mutações que facilitam a transmissibilidade dela. Quando ela foi descoberta a primeira vez, que foi quando quatro viajantas chegaram no Japão vindos do Amazonas em janeiro, percebemos que ela rapidamente dominou o cenário brasileiro, provocando aquela onda gigantesca que a gente viveu, com muitos casos e muitos óbitos”, explicou Malveira.

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