A situação da Segurança nas unidades de Saúde do Estado tem sido motivo de preocupação para o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed Acre). O presidente da entidade, médico Guilherme Pulici, afirma que o problema é constante, desde as gestões passadas, e que a sensação de insegurança aumentou com a saída dos 180 vigilantes, no início de julho.
A UPA da Sobral e a Maternidade Bárbara Heliodora foram destacadas pelo sindicato. “Os profissionais estão muito inseguros, como que a gente vai atender, dar qualidade ao atendimento se você não tem segurança nem para cuidar de si próprio? Na maternidade, tem caso de pessoas que foram assaltadas não só dentro como fora do hospital, além de carros que foram roubados, pneus roubados… São queixas comuns, principalmente depois que os seguranças foram demitidos”, reclama Pulici.
A equipe do site A Gazeta do Acre entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado e com a Secretaria de Segurança Pública e aguarda resposta sobre a situação.
Segundo Guilherme Pulici, a situação é crônica e faltam medidas eficazes. “O problema é que não vemos atitude concreta por parte do gestores, muito menos por parte da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria Estadual de Saúde. Pelo contrário, nós vimos a situação da segurança piorar, agravar e cada vez menos medidas efetivas concretas que possam proteger não somente os pacientes na unidade mas também os profissionais de saúde que ali trabalhavam numa situação de extrema tensão. Além de lidarem com a situação da pandemia, de doenças graves, também tendo que lidar com uma questão de segurança pessoal”, contesta o médico.
No dia de 10 julho, cerca de 180 vigilantes foram demitidos, após a Empresa Protege rescindir o contrato com o Governo do Acre. O fim do acordo seria devido à falta de pagamento da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) para a empresa de segurança e uma dívida de pelo menos R$ 5 milhões. No dia 23 de julho, a Sesacre assinou um aditivo de contratação no valor de R$ 13 milhões com a Empresa Protege para prestação de serviço de vigilância.
Em nota, após a saída dos vigilantes, a Secretaria de Saúde afirmou que: “O governo também esclarece que a Polícia Militar segue promovendo rondas em todas as unidades de Saúde do Estado, não se sustentando a afirmação de que “o governo está deixando as unidades de Saúde totalmente sem segurança.”