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Existência que incomoda: Igor Martins transforma suas vivências em missão de vida pelas pautas LGBTQIA+

Daniel Scarcello por Daniel Scarcello
14/08/2021
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Igor Martins

Igor Martins

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Igor Martins em entrevista para o site A Gazeta do Acre. (Foto: Daniel Scarcello)

Cabelo cacheado, grande e volumoso, barba no rosto, sombra azul e lápis de olho, uma blusa “feminina”, calça jeans e uma voz única: esta é uma das imagens que Igor Martins pode apresentar no dia a dia. Ele também pode ser visto de peruca e um vestido, em algum evento, ou de camisa social e um brinco no trabalho. Seja como estiver, algo é certo: Igor chama atenção, gera olhares curiosos, levanta questionamentos e instiga as pessoas. Sua vida virou pauta, nas redes sociais, e hoje ele tem como missão de vida levar questões que ajudem, de diversas formas, as pessoas questionarem padrões e convenções (É sobre isso, menines!).

Igor Martins é acreano, jornalista, criador de conteúdo digital, funcionário público e o artista que dá vida a drag queen Agata Power. É importante destacar também que, atualmente, ele se define como uma pessoa não binária, ou seja, que não se identifica com um único gênero (masculino e feminino) ou que flui entre estes. Dessa forma, Igor não teria problema em ser referido com o uso de artigos femininos, neste texto e no dia a dia. Mas, adiantando umas das dicas que ele já deu em suas redes: se você tem dúvida sobre como chamar alguma pessoa, é simples, basta perguntar! Até porque, uma roupa não define o sexo de ninguém.

E é, principalmente, sobre pautas como estas, que fazem parte do universo LGBTQIA+, que Igor fala em suas redes de forma engraçada, sem tabus, com o bom ‘acreanês’ e de maneira didática ao mesmo tempo. “O que me trouxe um despertar maior para essa pauta, primeiro foram as discussões que começaram a se tornar mais frequentes na internet, eram assuntos que ninguém falava. Junto a isso, o start da arte drag na minha vida, porque é uma arte de resistência”, comenta o jornalista.

Igor Martins brinca e provoca com as combinações de roupas, acessórios e maquiagem. (Foto: Arquivo pessoal)

Suas pautas e forma de se apresentar geraram um convite para que ele desse uma palestra/consultoria sobre questões LGBTQIA+  para os funcionários de uma empresa de Rio Branco, neste ano. Apesar de estudos, pesquisas e muita troca de conhecimento,  a maior fonte de Igor para esclarecer e tirar dúvidas dos participantes foi sua própria vida. A persona Ágata Power, que ele criou há cerca de seis anos, e a identidade não binária trouxeram e trazem olhares e vivências enriquecedoras, que ele leva e transmite em todo lugar.

“Incorporar uma persona feminina me instiga a pensar no feminino, nas mulheres, nos direitos, nas pessoas trans que, muitas vezes, são invisibilizadas, porque eu passo isso na pele. Além disso, ser uma pessoa não binária é isso aqui, é ser o que eu sou e, aos olhos das pessoas, ser algo conflitante, algo que instiga, que choca. O que acho que não deveria chocar, mas, pelos paradigmas da nossa sociedade, isso choca as pessoas de alguma forma”, declara Martins.

Look básico para um dia comum de trabalho! (Foto: Arquivo pessoal)

Sua vida pessoal já era uma de suas principais pautas, desde quando começou a utilizar as redes sociais, fosse o Facebook e o YouTube, há mais de seis anos, ou o Instagram, atualmente. Igor foi percebendo que quanto mais ele trazia suas vivências, mais ele se conectava e conseguia ajudar aquele público de alguma forma.

“Por exemplo, tem muitas pessoas que me seguem que não são da comunidade LGBTQIA+, mas que, muitas vezes, tem pessoas na família que são, e que não sabem como lidar. Isso acaba chegando até você, e você acaba abraçando isso.  As coisas foram se desenhando para que eu fosse trabalhando dessa maneira, eu fui seguindo o fluxo sabe, o rio foi descendo e a gente vai junto”, comenta.

E o fluxo fez com que hoje Igor compreenda seu trabalho nas redes e fora delas como algo muito maior do que aparenta. Para além das pautas de identidade de gênero e orientação sexual, a questão principal é sobre existência, sobre vidas que se transformam.

“E eu tenho isso como uma missão de vida, não sei por quê… Seja o Igor lá atrás, quando viveu um AVC e quase morreu, seja o Igor que se descobriu uma pessoa não binária, ou o que faz drag.  Por que não utilizar isso para poder conversar com as pessoas? Não gosto de dizer ‘ensiná-las’, mas de trocar experiências, de modo que elas possam aprender alguma coisa, que sirva de lição. E eu tenho isso, realmente, como uma meta de vida, uma missão”, compartilha o artista.

Entretanto, assim como outros produtores de conteúdo, Igor precisa lidar com o engajamento do público, o que faz com que ele precise abordar outros temas e conteúdos para atingir mais pessoas e conseguir passar as mensagens que ele acredita.

“Mas eu tento sempre que posso ou direta ou indiretamente,  introduzir essas pautas e filosofias de vida. Inclusive, acho que nem tudo que cabe a mim cabe a todo mundo, e está tranquilo. Eu falo sobre as minhas vivências e coisas que são importantes para se viver em sociedade. A gente tem que saber diferenciar o social e o que é bom para a gente de uma maneira pessoal”, explica.

E nessa busca pela atenção, a drag Ágata Power acaba ajudando Igor a não passar despercebido nas redes sociais.

Agata Power compondo o look inspirado na personagem Cruella DeVil. (Foto: Arquivo pessoal)

Não é só mais uma drag bonita ‘biscoitando’!

Será que existe um look específico para falar de pautas importantes e relevantes? Para Igor, pode ser até usando uma touca de hidratação no cabelo; para Ágata, é sempre bom uma maquiagem, um cabelo colorido, vestido e uma bonita sandália. Independente da imagem que esteja na tela, as redes sociais de Igor mostram que o importante é a mensagem por trás de tudo.

Aparentemente, um homem vestido de mulher, valorizando a beleza de uma roupa e as curvas do corpo, não teria nada de muito relevante a dizer. Mas, tudo muda quando lembramos que o Brasil é o pais que mais mata pessoas transexuais* no mundo, algo que o Igor não é, mas acaba remetendo pela sua imagem. “Acham que é só mais uma drag queen bonita na internet, querendo biscoito, mas, na verdade, não é bem isso. O simples fato de estar ali bonita já é um empoderamento”, reforça o jornalista.

Partindo dessa reflexão, ele começou a fazer o quadro  “Exército de Drags”, que consistia em transformar acreanos em drag queens, antes da pandemia.  Mas, para Igor, a maquiagem e o desfecho dos vídeos eram só um pretexto para segurar o público, enquanto ele entrevistava os convidados que traziam pautas de dificuldades e superação.

“Acham que é só mais uma drag queen bonita na internet querendo biscoito, mas, na verdade, não é bem isso”, destaca Igor. (Foto: Arquivo pessoal)

“Todo mundo que participava ou que assistia percebia o quanto aquilo era importante para a própria pessoa que estava participando, como uma terapia. A pessoa voltava algumas vivências e mostrava  o quanto ela se sente forte para empoderar outras pessoas, o que, às vezes, ela nem enxergava. E para as pessoas que a assistem também, por se empoderarem com aquele discurso”, recorda Igor.

Vale destacar aqui que a arte drag tem a ver com a performance artística do universo dito feminino. Ou seja, roupas, maquiagens, postura, gestos que remetam às mulheres, mas de forma extravagante e feito com o intuito de se apresentar a algum público, em show, eventos, internet, etc. Incialmente, a arte drag era vivida por homens, mas não há restrição. Drag queen não tem a ver com orientação sexual, um homem heterossexual pode ter uma persona drag, assim como uma mulher também pode.

(*Pessoas transexuais não “se vestem” como outras pessoas, elas sentem que nasceram com o corpo/imagem diferentes do que são. Portanto, não há relação entre transexualidade e a arte drag queen, mas acabam se confundindo em nossa sociedade.).

Jornalista se identifica como pessoa não binária. (Foto: Arquivo pessoal)
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