Professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizam nesta quarta-feira, 18, em frente a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) um protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 32, que trata da reforma administrativa no Governo Federal. Os trabalhadores dos Correios no Acre também aderiram ao movimento.
O local foi escolhido porque o movimento irá entregar uma carta conjunta aos deputados estaduais, em que pedem apoio para que os parlamentares pressionem os deputados federais a não apoiarem a proposta do Governo Federal. De acordo com a carta conjunta, o governo utiliza a premissa de que é preciso realizar a reforma administrativa para solucionar a questão fiscal e assim retomar o crescimento da economia. A alegação foi a mesma com a Emenda Constitucional 95 (emenda do teto), com as reformas trabalhista e da previdência. Como é visto e sentido pelo povo brasileiro, nenhuma dessas medidas teve qualquer força para gerar empregos, impulsionar o crescimento e o desenvolvimento do país.
No entanto, os professores acreditam que a proposta de reforma administrativa ataca conquistas democráticas e pactos sociais construídos desde a redemocratização. As consequências de uma eventual aprovação dessa reforma serão sentidas não apenas pelos(as) servidores(as) públicos(as), mas por todos(as) os(as) brasileiros(as), uma vez que todos(as) sem exceção utilizam o serviço público.
“Mesmo com toda a nossa preocupação com a pandemia, estamos aqui porque temos a percepção de que se nós não barrarmos esse governo, ele desuirá o país. Por isso é que estamos colocando a ideia de ser contra a reforma administrativa, mas também pedindo o impeachment de Bolsonaro/Mourão antes que eles acabem com o que resta de um Estado Nacional no Brasil”, destacou o professor Sávio Maia.
O movimento é realizado em todo o Brasil, e foi definido no Encontro Nacional dos Servidores e Servidoras, realizado em 30 de julho, com a presença de mais de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o funcionalismo público das três esferas – municipal, estadual e federal.
Além de parar suas atividades, os servidores farão atos de rua, manifestações nas redes sociais e pressão junto aos parlamentares para barrar a votação da PEC 32, a chamada reforma administrativa. Também estarão em pauta protestos contra a privatização da Eletrobras, dos Correios e outras empresas públicas, além da Medida Provisória 1.045, que promove uma minirreforma trabalhista.
Confira a íntegra da carta clicando aqui.