A professora aposentada Degmar Kinpara se pronunciou, nesta quarta-feira, 24, em sua rede social, a respeito dos desdobramentos de sua nomeação recente para chefiar o Instituto de Mudanças Climáticas do Acre (IMC). O assunto rendeu polêmica, nos últimos dias, e depois de se manter calada, a professora resolveu falar.
“Quando aceitei o convite do governador Gladson Cameli, ofereci minha vida profissional, minha experiência e formação para colaborar com o desenvolvimento das políticas públicas de meio ambiente.”, disse pedindo que “não vinculem o debate político a sua questão de saúde.
Degmar Kinpara foi aposentada, após passar por tratamento de câncer.
O post da professora na íntegra:
“Antes de mais nada peço, encarecidamente, que não vinculem o debate político a minha questão de saúde, em nome de todo sofrimento que passei na luta contra um câncer e que muitas pessoas estão enfrentando atualmente. Acredito que existe um limite respeitoso a ser considerado, pelo menos para esse assunto.
Durante muito tempo passei por um gravíssimo e agressivo tratamento de câncer, com cinco cirurgias decorrentes da doença e que culminou em 2014 com um laudo de uma junta médica especializada indicando minha aposentadoria.
Todavia, é oportuno esclarecer que não existe ilegalidade na minha nomeação no Governo do Estado, conforme parágrafo 10 do ART. 37 da CF, que versa sobre aposentadoria e o acúmulo de cargos de livre nomeação.
Quando aceitei o convite do Governador Gladson Cameli, ofereci minha vida profissional, minha experiência e formação para colaborar com o desenvolvimento das políticas públicas de meio ambiente.
Conversei com o Governo, sobre o acompanhamento e monitoramento periódico que tenho que fazer em relação a doença.
Recebi apoio de muitas pessoas com manifestações positivas me incentivando a colaborar.
Que bom que não existiram questionamentos sobre meu currículo e capacidades profissionais para desempenho das funções. Mas é muito triste que o debate político ideológico chegue ao ponto de rememorar períodos de grande dor e sofrimento pra mim e minha família.
Trago ainda no corpo e na alma marcas e cicatrizes que somente eu e meu esposo conhecemos.
Finalizo, convidando todos a viver com mais empatia, que é uma das ferramentas que nos permitiriam uma convivêcia melhor em sociedade com mais respeito e carinho uns pelos outros.”