O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) completa nesta terça-feira, 31, 17 anos de fundação no Acre e celebra com a modernização do serviço, que já está presente em todos os municípios acreanos, com acesso terrestre.
Em cada município, há pelo menos uma ambulância de suporte para atender ocorrências e, de acordo com a direção do Samu, nos últimos três anos foram muitos avanços. Em 24 de agosto, 28 novas ambulâncias foram entregues, em um investimento de R$ 7.049.144,20, de acordo com o governo do Estado.
Um dos desafios do serviço é que a população tenha a clareza, ainda hoje, do real papel do Samu, bem como os gestores. De acordo com Pedro Pascoal, coordenador do Samu e da Rede de Urgência e Emergência da Sesacre, uma das melhorias que o serviço conquistou foi a implantação do transporte sanitário.
“O Samu foi feito para uma finalidade, que é o atendimento da urgência pré-hospitalar, pegar o paciente em via pública e levar para o hospital para a devida assistência, depois que esse paciente é estabilizado, tem a possibilidade de ser transferido pra uma unidade de maior complexidade, e essa transferência não é de competência do Samu. Quando o Samu foi implantado, foi ‘vendida’ uma imagem errônea, na qual uma ambulância chegasse naquele município, a prefeitura não precisaria ter responsabilidade sobre a transferência daquele paciente, e essa é uma realidade nacional. Mas vai de cada gestor organizar esse serviço para que tire esse desvio de finalidade para que o Samu possa fazer esse atendimento pré-hospitalar”, esclarece.
Para sanar este problema, o médico relata que 18 viaturas brancas para dar apoio aos municípios foram adquiridas. Desta forma, foi mplantado o transporte sanitário para que os atendimentos emergenciais não sejam prejudicados nos municípios acreanos.
“O Estado se preocupou em fazer a aquisição de 18 viaturas brancas, então conseguimos pactuar a implantação do transporte sanitário, por meio do qual pacientes de baixa e média complexidade passarão a ser assistidos, nas ambulâncias brancas, porque quando eu tirava uma ambulância vermelha daquele município para baixa complexidade, o município ficava desassistido, quando havia um acidente de transito, uma gestante que precisava ter neném, precisava ser levada para o hospital, a ambulância estava em Rio Branco trazendo paciente e deixando o município desassistido”, relata o médico Pedro Pascoal.
Além disso, o coordenador ressaltou que, em 2019, duas ambulâncias de suporte avançado foram adquiridos como reforço no combate à pandemia de Covid-19. “Uma em Rio Branco e outra em Cruzeiro do Sul para dar assistência de transporte dos pacientes de Covid-19 grave, além da aquisição de equipamentos, mudança do rádio analógico para digital, GPS nas ambulâncias para fazer o rastreio das viaturas, se necessário”, comemora Pedro Pascoal.