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Polícia Civil prende 24 integrantes de organização criminosa no Acre, Mato Grosso do Sul e SP

No Acre, foram 17 prisões nas cidades de Rio Branco, Senador Guiomard, Epitaciolândia e Sena Madureira. (Foto: Polícia Civil)

Criminosos responsáveis pela arrecadação de dinheiro para fomentar o funcionamento de uma organização criminosa no estado do Acre são o alvo principal da “Operação Zaqueu”, deflagrada nesta quinta-feira,16. Até o momento, foram presas 24 pessoas no estado e em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Ao todo, a operação deve cumprir 53 mandados de busca e apreensão e prisão.

Após um ano de investigações, a Policia Civil iniciou os mandados de prisão às 2 horas da madrugada e, no Acre, ocorreram 17 prisões, nas cidades de Rio Branco, Senador Guiomard, Epitaciolândia e Sena Madureira. Em São Paulo, dois foram presos e, em Mato Grosso do Sul, a polícia prendeu cinco pessoas. Todos fazem parte da mesma rede criminosa de atuação nacional, com mais força no Acre.

O delegado-geral de Polícia Civil do Acre, Josemar Portes, explica que estas pessoas são responsáveis por arrecadar dinheiro, seja interna ou externa, por meio de extorsão. Ele explica que a organização trabalha em grupos separados que devem pagar com uma espécie de “pedágio” para o que seria a “base central”. Além disso, também existe a prática de cobrar pagamento de comerciantes em determinados bairros dominados pelas facções.

Cumprimento dos mandados começaram às 2h da madrugada desta quinta-feira,16.
Cumprimento dos mandados começaram às 2h da madrugada desta quinta-feira,16.

“Temos pessoas que se articulam entre o comando geral e a base, então são pessoas ditas importantes dentro da organização. Por isso, que a operação demorou, não temos como mensurar o tempo de cada operação, mas acredito que atingimos elementos importantes. Claro que serão substituídos, mas pelo trabalho que exercem, pelo cargo de confiança, essa organização, por certo, teve um revés que incomodará bastante”, afirma Portes.

Além das prisões, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão que apreenderam drogas e materiais como computadores e aparelhos celulares. Itens também importantes para a continuidade da operação e para o surgimento de outras. O delegado afirma que de cada operação costuma desdobrar, pelo menos, mais duas ou três operações a partir do material apreendido.

“Essa operação de hoje é decorrente de outra que fizemos cujo celulares foram trabalhados, extraídos os dados, com ordem judicial, e nós constatamos que essa pessoas exerciam essas atividades criminosas”, explica Josemar Portes.

Josemar Portes delegado-geral da Polícia Civil do Acre. (Foto: Polícia Civil)

Estrutura da Operação

A “Operação Zaqueu”, ainda em sua primeira fase, conta com mais de 100 policiais, entre delegados, escrivães e agentes no Acre e nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. É realizada pela Polícia Civil do Estado do Acre, por meio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (DRACO), com apoio do Departamento de Inteligência (DI), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através do programa VIGIA, e das Policias Civis dos Estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

Os primeiros resultados foram divulgados em coletiva na manhã desta quinta-feira,16, pelo delegado-geral Josemar Portes.

Por meio da assessoria A Polícia Civil do Estado do Acre parabenizou e agradeceu ao Ministro da Justiça, em especial CGFRON e CGCCO, por possibilitarem a atuação das forças de segurança estaduais em todo o território nacional, de Marechal Thaumaturgo, um dos municípios mais isolados do país, a São Paulo, onde estão instalados líderes de organizações criminosas.

Operação deve fornecer material para desdobrar outras operações.

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Daniel Scarcello: