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Variante Gama se torna predominante no Acre, aponta Secretaria Estadual de Saúde

A variante Gama, detectada pela primeira vez no Acre, em julho deste ano, com 68 casos, já se tornou a mutação predominante da Covid-19 no Estado, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

Segundo dados da Sesacre, ao todo, são 153 casos da mutação Gama, ou variante P1, confirmadas até o momento. Embora pareça um número baixo, o dado é representativo para a realidade local, pois são referentes a amostras de pacientes de todas as regionais acreanas.

Os sintomas da variante gama são os mesmos da versão clássica do novo coronavírus, como febre, dor de cabeça e perda de olfato. No entanto, devido ao seu alto índice de transmissão, é necessário que a população mantenha todos os cuidados.

Além disso, é a variante delta – suspeita em ao menos 15 amostras de pacientes do Acre – que preocupa as autoridades, por ser uma versão mais agressiva do vírus. As amostras “sugestivas” desta variante foram enviadas para análise genética no Instituto Evandro Chagas, em Belém/PA, no último dia 25 de julho, e não há previsão de quando os resultados serão enviados ao Acre.

Baixa procura de vacinas preocupa

Embora o Acre seja o Estado que mais vacinou sua população contra o coronavírus, proporcionalmente, com mais de 670 mil doses aplicadas, o apelo das autoridades é de que as pessoas procurem os pontos de vacinação. A Sesacre estima que 38.158 pessoas com 18 anos ou mais no Acre ainda não tomaram sequer a primeira dose da vacina contra Covid-19, apesar de a imunização já estar sendo ofertada para o público geral com idade acima de 12 anos, desde o mês de julho, em todos os municípios.

O percentual de pessoas que não recebeu a primeira dose é de 6,56%. Quanto àqueles que não retornaram aos pontos de imunização para receberem a segunda dose, são 82.976, o que representa 14,26% da população.

Marcos Malveira, do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Acre, reforça a importância de a população completar o esquema vacinal para garantir a proteção contra as variantes.

“As pessoas não devem relaxar nas medidas de distanciamento social, e precisam continuar usando máscara, limpar as mãos com álcool em gel, evitar aglomerações, porque isso facilita a transmissão do vírus. A gente tem uma cobertura vacinal, mas falta muitas pessoas completarem a cobertura, fazer o esquema completo de duas doses. Algumas pessoas que tomam a primeira dose, e esquecem de tomar a segunda. Se você tomou só uma dose, você está parcialmente protegido e precisa tomar as duas vacinas para ficar totalmente protegido”, orienta Malveira.

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Agnes Cavalcante: